Mulheres pediram quatro vezes mais apoios para ficar com os filhos que os homens

Children drawing with smiling preschool teacher assisting them
[Fotografia: Istock]

Numa altura em que começam a chegar as primeiras denúncias de que já há empresas que estão a preterir a contratação de mulheres face aos homens por elas ficarem mais em casa com os filhos em apoio escolar, os números são inequívocos. As mães estão a pedir 4,3 vezes mais apoio excecional à família do que os pais, num total que compara 140 mil 335 pedidos feitos por mulheres face a 32 mil 388 submissões interpostas pelos homens.

Os dados, que chegam do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho Solidariedade e Segurança Social atualizados a 2 de junho, indicam que o maior número de pedidos de apoio surge por parte dos trabalhadores por conta de outrem, em que a disparidade de género sobe para os 4,4 vezes: somando 126 mil e 620 mulheres face a 28 mil 617 homens. Elas têm solicitado, em média, 15 dias de apoio, eles, 14.

No caso dos trabalhadores independentes, os pedidos de apoio que deram entrada partiram de 12 mil 679 mulheres face a três mil 713 homens, numa média de 16 dias. No que diz respeito às trabalhadoras domésticas, foram solicitados 1036 pedidos por assistência a filhos. Houve quatro homens a fazê-lo.

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