Mulheres portuguesas são as mais afetadas pela depressão na OCDE

mulher triste

As porlinks_Siatuguesas são as mulheres, no conjunto de países da OCDE, mais afetadas pela depressão.

Segundo o relatório da organização, ‘Health at a Glance 2017’ (‘Uma visão da Saúde’), apresentado esta sexta-feira, 10 de novembro, em Paris, nos 35 países analisados, é o sexo feminino o mais afetado pela doença e Portugal o país onde essa prevalência é maior.

Enquanto na Espanha, Lituânia, Hungria e Polónia as mulheres são atingidas por esta doença em mais 50% do que os homens, em Portugal a percentagem sobe para os 66%, notam as conclusões do relatório.

Em termos de proporção populacional, cerca de 18% da população feminina portuguesa sofre de depressão crónica, por comparação com cerca de 6% da população masculina. Em contrapartida, a taxa de morte por suicídio é três vezes superior nos homens, apesar de as tentativas de pôr termo à vida não apresentarem uma diferença tão acentuada entre os géneros.

Portugal também é o terceiro país onde se consomem mais antidepressivos. O valor mais elevado é o da Islândia, que é o dobro da média da OCDE, seguindo-se a Austrália. O documento sublinha que, entre 2000 e 2015, o consumo de antidepressivos nos países da organização duplicou.

Portugal entre os países com mais casos de demência

Portugal é o quarto país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com mais casos de demência, apresentando 19,9 por mil habitantes – um valor superior à média dos 35 países avaliados, que se situa nos 14,8 por mil habitantes.

À frente neste indicador estão o Japão (23,3), a Itália (22,5) e a Alemanha (20,2).

O documento, que divulga os principais indicadores da saúde dos 35 países da organização em 2015 e 2016, mostra que, em Portugal, essa tendência é para aumentar. Em 2037, haverá 31,3 casos por mil habitantes.

Os autores referem que as doenças mentais representam a mais considerável – e crescente – proporção na carga global de doenças, estimando-se que uma em duas pessoas venha a sofrer de uma doença mental na sua vida.

Cesarianas continuam acima da média

Em Portugal, a taxa de cesariana é de 32,3 por cem nascimentos vivos, acima da média da OCDE (27,9). Por outro lado, dos 21 países com dados comparados, o trauma obstétrico, o país é um dos que tem valores consideravelmente mais baixos, juntamente com a na Polónia, Israel, Itália e Eslovénia.