Manbij, Aleppo, Síria. A operação Mártir durou três meses, terminou há dois dias. Objetivo conseguido: conquistar o território de Manbij e cortar o acesso às linhas de fornecimento externos do Estado Islâmico do Iraque. A ofensiva foi levada a cabo por uma coligação de exércitos liderada pelos Estados Unidos da América. Mas no terreno há um grupo armado que se destaca: as Forças Democráticas da Síria, e dentro delas as Unidades de Proteção das Mulheres ou Yuh-Pah-Juh, em curdo.
O YPJ é uma organização paramilitar composta exclusivamente por mulheres – voluntárias, sobretudo com idades entre os 18 e os 40 anos, que tomaram para si a proteção das zonas curdas. Em 2014, de acordo com notícia da TeleSur, existiam cerca de 10 mil mulheres envolvidas na luta armada contra o ISIS. Foi este grupo que teve um papel decisivo na libertação de milhares de Yazidis, um grupo minoritário que tem vindo a ser escravizado e dizimado pelas forças dos Estado Islâmico.
O YPJ é apontado por vários meios de comunicação como fundamental para a guerra contra os extremistas, e a sua ideologia sem religião e de igualdade entre todos os seres humanos parece ajudar a desfazer preconceitos contra as mulheres, embora essa não seja a sua principal missão. O grupo acaba por ter um papel feminista, na medida em que altera as ideias preconcebidas sobre os papéis destinados às mulheres, pela prática. As mulheres do YPJ granjeiam o respeito dos seus aliados homens por serem grandes guerreiras.
After seeing freedom in #YPJ, arab women are joining the ranks of Manbij Military Council in #Manbij pic.twitter.com/N9CSIRnAgv
— ✌Endi Zentarmi ✌ (@EndiZentarmi) August 10, 2016
Manbij, Aleppo, Síria. A operação Mártir durou três meses, terminou há dois dias. Objetivo conseguido: conquistar o território de Manbij. A consequência é também a libertação de reféns que serviam de escudos humanos, muitos deles mulheres e crianças. No fim do cerco, as mulheres de YPJ foram recebidas como heroínas, e muitas das sírias agora libertadas não resistiram a abraçar estas mulheres, algumas optaram entretanto por ser juntarem às fileiras do combate ao Estado Islâmico do Iraque.
Veja a galeria e emocione-se com a receção das tropas femininas em Manbij.