A associação Mulheres Sem Fronteiras lançou, no final desta semana, a campanha #DizNãoàExcisão contra a prática da Mutilação Genital Feminina.
A iniciativa surge no âmbito do projeto ‘Pelo Fim da Excisão. Faço (p) Arte’, vencedor do 2º lugar, na terceira edição do prémio Contra a Mutilação Genital Feminina – Mudar aGora o futuro, atribuído pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG).
A decorrer até 31 de julho, Dia Internacional das Mulheres Africanas, a campanha, que arrancou no Dia Mundial da Criança, 1 de junho, tem como objetivo criar um movimento global de consciência, pela eliminação da excisão, através de vários e-cards com informação sobre as consequências, prevalência e os riscos desta prática que afeta milhões de meninas em todo o mundo, com especial incidência no continente africano.
Em Portugal estima-se que 1830 meninas, até aos 15 anos, tenham sido submetidas à mutilação genital ou estejam em risco de o ser. Em todo o mundo, serão cerca de 44 milhões as crianças do sexo feminino vítimas de excisão.
Esta prática, que configura uma violação dos direitos humanos das meninas, raparigas é também uma forma de violência de género, violando a integridade física e psicológica e limitando a sua autodeterminação sexual.
Estas mulheres lutam pela abolição da Mutilação Genital Feminina no mundo
Mutilação Genital Feminina: Uma tradição e um negócio que tardam em desaparecer