Sara Carbonero: “Não há nada mais natural e bonito que um corpo”

Sara Carbonero é a primeira espanhola a ser cara da Calzedonia no nosso país. A campanha já saiu para as ruas e a propósito deste trabalho a apresentadora deu uma entrevista onde fala dos filhos, da vontade de lançar um livro e do machismo no futebol.

Custa-lhe posar de fato de banho?

Muito, custa-me muito, uma das coisas que me entusiasmou ao fazer esta campanha foi perder um pouco esse pudor que tenho, e que na realidade é bocadinho absurdo porque não há nada mais natural e bonito que um corpo. Nunca tinha feito uma campanha assim e achei que agora era um bom momento. Se não o fizesse agora não seria mais tarde que o iria fazer.

Que conselho pode dar a quem não se sente confortável de fato de banho?

Este desconforto não é uma questão de estar mais magra ou mais gorda, não é uma questão de ser pudica, tem a ver com a nossa personalidade.

Apesar disso esta experiência foi positiva?

Foi muito boa, tirando o frio que passámos em Ibiza, estavam 1ºC ou 2ºC no dia em que fotografámos.

Quais são as tendências de moda praia para este verão?

Pelo que tenho visto vão usar-se muito os folhos. Os fatos de banho completos também estão muito na moda, há muitos modelos, o triquíni preto que vesti para a campanha também é muito ‘trendy’.

“Uma das coisas que me entusiasmou ao fazer esta campanha foi perder um pouco esse pudor que tenho”

Quais são os seus próximos projetos profissionais? Passam pela televisão?

Não, a verdade, é que não me consigo organizar muito ainda. Se me contactam para fazer trabalhos com a escrita, que é algo que eu gosto muito, isso eu posso fazer. Mas o resto, porque também surgem outras coisas, pequeninas, não posso fazer porque não sei onde vou estar.

Gosta de escrever gostaria de ter um projeto ligado à literatura?

Sim. Adoraria fazer alguma coisa ligada à literatura, mas é uma coisa que leva muito tempo. Mas imagino-me a ter um projeto ligado à literatura, era o que mais me alegraria neste momento.

Um romance?

Se algum dia eu publicar um livro ou fizer algo com uma editora, quero que seja algo que valha a pena ler, que não seja qualquer coisa.

É uma coisa que tem em vista?

Sim.

Mas tem alguma coisa planeada?

Não sei. Isso é uma coisa que me têm de ir perguntando, tenho feito mais trabalhos de publicidade e tem sido calmo. Tenho feito mais trabalhos desses, com marcas bastante importantes, e é algo que posso fazer mesmo vivendo em Portugal, porque viajo dois dias e é uma coisa que gosto… mas em mais coisas não me posso aventurar, porque, apesar de ser só uma hora de avião, estou noutro país e tenho os meus filhos, sobretudo o mais velho que já se ressente muito quando me vou embora e isso custa-me.

Chora na hora da despedida?

Não, porque sempre que me vou embora está lá o Iker e vice-versa. Tentamos sempre que um esteja presente e no final tudo passa.

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Se deixarem de morar no Porto os seus filhos vão ter saudades da cidade?

Imagino que sim. O Martín sobretudo porque tem muitos amigos. Ele chegou ao Porto com um ano e meio, agora tem quatro, para ele é a sua cidade.

E fala bem português?

Muito bem, fala como um português. É ótimo na escola.

Como vê as crianças nesta fase de crescimento?

Gosto muito desta fase, porque eles têm dois e quatro anos, e já são mais companheiros. O Lucas já fala muito e entretêm-se muito, o que é fundamental para mim, é importante que brinquem como irmãos.

Qual é mais traquina?

O mais pequeno é pior que o mais velho, é mais indisciplinado.

Tem ciúmes do mais velho?

Não, já não. Como todos os irmãos, querem sempre o mesmo brinquedo, se o pai ou a mãe pegam num o outro também quer…

Como é estar longe de casa?

Já nos habituámos e além disso é uma distancia relativa. Quase todos os fins de semana temos pessoas no Porto, por isso vivemos mais facilmente com a distancia.

Quando vai assistir grandes eventos desportivos, sente saudades?

Ainda não aconteceu por isso não sei.

Mas acha que vai sentir saudades?

Este grande eventos em particular sim porque eram a parte mais divertida do meu trabalho. Era muito divertido quando estávamos um mês ou o tempo que fosse fora…

A Sara já disse que nunca tinha vivido uma situação machista no trabalho. O mundo do futebol é tão sexista como parece, visto de fora?

Não… volto a dizer que quando eu comecei a trabalhar não havia muitas mulheres, mas depois com os anos começaram a haver muito mais.

Precisamente por não ter muitas mulheres é que parece um universo mais sexista…

Eu nunca senti machismo, nem um tratamento condescende, muito menos negativo ou depreciativo. A verdade é que nunca senti isso.

Entrevista cedida pela Calzedonia

Sara Carbonero fotografada em fato de banho no Porto