Narcisistas: Sim, há dois tipos. Saiba como se defender deles

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Na psicologia moderna, o narcisismo é considerado como um traço de personalidade que se encontra numa escala. Algumas pessoas são mais narcisistas que outras. O narcisismo normalmente é uma ideia exagerada que temos de nós próprios, acompanhado de um sentido de altivez e superioridade e falta de preocupação para com os outros.

Os narcisistas que se consideram grandiosos são arrogantes, gostam de dominar e extrovertidos. Têm muito amor próprio, são arrojados e assertivos. Para além disso, são felizes e confiantes com a vida que têm.

Os narcisistas vulneráveis, por sua vez, são inseguros, introvertidos e neuróticos. Têm tendência para terem pouco amor próprio, muito sensíveis, ansiosos e deprimidos. Contudo, estes dois tipos de narcisismo partilham algo em comum: são egoístas, acham-se especiais e merecedores de um especial tratamento e de privilégios e relacionam-se de forma antagonista.

É fácil reconhecer estes dois tipos de narcisistas pela forma como se comportam socialmente. Os grandiosos são socialmente muito ativos e encantadores. Os vulneráveis não têm as mesmas aptidões para as relações sociais. São envergonhados e ficam ansiosos nestas situações. Enquanto os grandiosos são assertivos e diretos, os vulneráveis são tímidos e defensivos.

As origens

Na mitologia grega o caçador Narcissus era filho do Deus do rio Cephiuss e da ninfa Liriope. Ele era conhecido pela sua beleza e pelo seu físico excecional. Um dia quando Narcissus caminhava na floresta a bela ninfa Echo viu-o e apaixonou-se por ele. Contudo, ele rejeitou-a deixando-a de coração partido.

Como vingança, Nemesis, a Deusa da vingança, atraiu-o até um lago e nesse momento ele viu o seu próprio reflexo e, apaixonando-se por ele, percebeu que não era recíproco, definhando até à sua morte. O mito de Narcissus é um aviso para o excesso de amor próprio e falta de empatia para com os outros.

O médico inglês Havellock Ellis definiu o narcisismo como um problema mental, no final do século XIV. Sigmund Freud considerou o narcisismo como uma parte normal do crescimento das crianças, mas admitiu que podia ser um transtorno caso se manifesta-se na puberdade e em adulto.