‘Despacito’ proibida. Saiba porquê

Despacito

Ninguém pode negar: a música ‘Despacito‘, do porto-riquenho Luis Fonsi, é até agora o maior sucesso musical de 2017. Tornou-se viral logo quando foi lançada, no primeiro mês do ano, e em abril, quando Justin Bieber se juntou a Luis Fonsi para um remix, a canção ficou ainda mais popular. Atualmente ocupa o lugar de vídeo mais visto de sempre no YouTube, com mais de três mil milhões de visualizações, e praticamente não há festa onde o êxito não toque pelo menos uma vez. Mas há algumas exceções.

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No País Basco, na Malásia e num bar em Málaga ninguém pode ouvir os famosos versos: “Despacito, quiero respirar tu cuello despacito, deja que te diga cosas al oido para que te acuerdes si no estás conmigo”. A música foi proibida.

O bar ‘El Dorado‘ em Málaga, Espanha, foi um dos primeiros impor esta regra. Cansados de ouvir ‘Despacito’, os donos do estabelecimento proibiram a música de tocar no bar no início do mês passado. Nas faturas entregues aos clientes reforçam a regra: ‘Se me pedes que para pôr Des-pa-ci-to despacho-te do bar ra-pi-di-to’.

Fatura Despacito
Fatura do bar ‘El Dorado’

Algumas semanas depois foi a vez de o governo da Malásia proibir as rádios e televisões públicas de reproduzirem a música por considerarem que as insinuações sexuais – “Quiero ser tu ritmo, que le enseñes a mi boca tus lugares favoritos” – a tornam anti-islâmica, num país onde a maioria da população é muçulmana.

Mais recentemente o Emakunde, o Instituto da Mulher, que pertence ao governo do País Basco, proibiu a ‘Despacito’ de tocar nas festas populares por considerar que a música é machista e denigre a condição feminina. Contudo, o sucesso de Luis Fonsi não foi a única música a ser alvo de proibição. Aconteceu o mesmo ‘Súbeme la radio‘, de Enrique Iglesias, ‘Vente pa ca‘, de Ricky Martin e ‘Me enamoré‘, de Shakira.

Zuriñe Elordi, secretária-geral do Instituto da Mulher, preferiu selecionar outras músicas que, apesar de não estarem completamente livres de conteúdo sexual, têm letras que, na sua opinião, tratam as mulheres com respeito. Dessa lista, que está disponível no Spotify com o nome Beldur Barik, fazem parte ‘Respect‘, de Aretha Franklin, ‘Telephone‘, de Lady Gaga, e ‘Fuck You‘, de Lili Allen, “uma amostra de músicas com ritmos variados que podem ser usados em festas”.

Videoclip de ‘Despacito’:

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