No Halloween, ninguém quer ‘brincar’ com a covid-19. ‘Squid Game’ lidera procura

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[Fotografia: Divulgação]

A cerca de duas semanas de celebrar a noite das bruxas, a procura por disfarces é agora bem diferente de há dois anos. Recorrer ao humor negro para ‘ironizar’ os tempos de pandemia não parecem estar na prioridade de quem gosta de celebrar o Halloween.

Ao Delas.pt, elementos de duas lojas de disfarces portuguesas revelam o que está a liderar a procura por disfarces de horror. “Toda a gente está a perguntar por disfarces sobre o Squid Game”, refere uma das funcionárias da loja mascarilha, de Lisboa. O mesmo está a acontecer na Confetti Parade, no Porto. “Sim, já vieram aqui perguntar por disfarces referentes a essa série”, alinha Ana Santos. Recorde-se que esta trama distópica sul-coreana está nos tops das séries mais vistas da plataforma de streaming, a causar furor um pouco por todo o mundo, criar fenómenos de imitação e mesmo a mexer com a economia.

E covid? “Aqui ninguém pergunta por isso, aliás a única referência que fazem é se podem entrar com máscara”, ironiza Ana Santos. Na Mascarilha, o humor negro sobre a pandemia também parece não ter lugar.

Mas o que mudou nos últimos dois anos? “Noto que há menos procura por vampiros, bruxas e esqueletos este ano. As pessoas querem mais acessórios para conjugar com o que têm em casa, talvez por poupança, e procuram por disfarces de noiva cadáver, múmia, heróis da Disney como Mickey e o Pato Donald mas em versão negra e também por peças alusivas aos anos 20 do século passado, mas em versão noir também”, detalha Ana Santos.

Em Lisboa, a procura tem demonstrado maior interesse por asas e auréolas de anjos, mas em versão negra”, explica a funcionária da Mascarilha ao Delas.pt.

Certo é que o volume é menor do que há dois anos. “Diria que estamos a 30 a 40% face a 2019, há uma quebra”, refere Ana Santos, salvaguardando que a procura por este tipo de itens costuma disparar na semana quer antecede a celebração.