É assim que agora se definem as mulheres que gostam de homens mais novos

O acrónimo MILF (Mother I Woul’d Like to F***k) é uma expressão popularizada pelo filme American Pie e surge na boca de um rapaz que encontra um tremendo sex appeal numa mulher com idade para ser sua mãe. Corria o ano de 1999, os temas do feminismo andavam mornos e a expressão aparecia até como relativamente lisonjeira. Na primeira década de 2000, aparece a expressão Cougar para definir mulheres de meia-idade que gostam de homens mais novos. Mas a utilização desta palavra tinha um sentido negativo. Cougar é a palavra inglesa para puma e a conotação predatória era indissociável.

Bibi Lynch acaba de inventar uma nova expressão – WHIP, um acrónimo para Women Hot, Inteligent and in their prime, ou seja, mulheres sensuais, inteligentes e no pico sexual (que segundo vários estudos se é atingido entre os 40 e os 50 anos). Segundo declarações da jornalista ao programa de televisão britânico This Morning, o conceito surgiu enquanto escrevia um artigo sobre um fenómeno cada vez mais comum: casais de idades muito diferentes em que a mulher é a mais velha. Porquê uma nova palavra para definir estas mulheres? Porque as mais antigas não tinham uma conotação positiva.

Quem é que é WHIP, quem é?

Olhando para a história recente, é fácil compreender o estigma de que uma mulher que anda com um homem mais novo ainda sofre. Brigitte Macron é, provavelmente, a WHIP mais proeminente do momento. A diferença de 24 anos entre ela e o marido, o presidente de França, originou demasiados comentários negativos e abriu as portas para que se questionasse publicamente a sexualidade de Emmanuel Macron e se insinuasse, durante a campanha, que ele seria homossexual. O casal Trump, também com uma diferença de 24 anos, não foi alvo de nenhum comentário público do género.

Macron explicou bem as razões machistas por detrás deste aproveitamento: “Se eu fosse 20 anos mais velho do que a minha mulher, ninguém teria pensado, por um segundo, que não podíamos estar legitimamente juntos. Diz muito sobre a misoginia em França… Há um grande problema com a forma como veem o lugar da mulher.”

É por isso que, de acordo com Bibi Lynch, uma nova expressão é necessária e bem-vinda. “As pessoas não deveriam precisar de rótulos, mas que já que é preciso, ao menos que seja um rótulo positivo!”