Nova primeira-ministra romena quer “aumentar os salários e reduzir a burocracia”

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A nova primeira-ministra da Roménia, a primeira mulher a ocupar esse cargo e o terceiro chefe de governo no último ano, prometeu aumentar os salários e reduzir a burocracia, pouco antes do voto no parlamento que a confirmou no cargo. Viorica Dancila, 54 anos, foi investida no cargo com 282 votos a favor e 136 contra.

A nova primeira-ministra vai liderar o governo apoiado pelos sociais-democratas, mas criticado pela União Europeia (UE), após a aprovação de legislação que os críticos consideram dificultar a perseguição judicial à corrupção de alto nível.

Dancilla deverá desempenhar uma função de gestão, com a política governamental a ser decidida pelo líder do PSD, Liviu Dragnea, impedido de assumir o cargo de primeiro-ministro devido a uma condenação por manipulação de resultado eleitoral.

À entrada para o parlamento, Dancila prometeu aumentar salários e construir centenas de quilómetros de novas autoestradas e linhas de caminho de ferro até 2020.

Eleita eurodeputada e até este mês relativamente desconhecida na política interna, a nova primeira-ministra deu o seu apoio a estas propostas, que motivaram manifestações dos opositores nas principais cidades do país.

A legislação também proíbe a utilização de áudio ou vídeo nos processos judiciais. Outros aspetos incluem tornar os juízes pessoalmente responsáveis por erros no decurso dos julgamentos e a possibilidade de atribuição de indemnizações.

Antecessores demitidos

Os dois anteriores primeiros-ministros foram demitidos por alegadamente não respeitarem a linha política imposta pelo Partido Social-democrata (PSD, no poder) e em particular por não fornecerem o apoio total à reformulação do sistema judicial.

Mihai Tudose demitiu-se de primeiro-ministro no início de janeiro após o partido lhe ter retirado o apoio. Tinha substituído Sorin Grindeanu, forçado a abandonar o executivo após um voto negativo.

Imagem de destaque: EuroActiv