Este verão já se perderam seis crianças nas praias portuguesas

O verão deste ano está pouco convidativo para idas à praia, o sol resiste a aquecer os dias desta estação. Mas, mesmo assim, fonte oficial da Autoridade Marítima Nacional e o Instituto de Socorros a Náufragos (AMN/ISN) revela ao Delas.pt que, até ao momento e desde o início da época balnear, já foram reportadas “seis crianças perdidas”.

No ano passado e durante a época que vai de maio a setembro, 44 meninos e meninas saíram da esfera de controlo e cuidado dos pais enquanto todos estavam a banhos. Em 2016, segundo dados avançados pela AMN e ISN, o número tinha sido bem maior: 90. O dobro, portanto. Em 2015, os dados foram ainda mais alarmantes: 203.

Todas estas crianças, e é importante lembrar, foram encontradas, garante a entidade ao Delas.pt. “Felizmente, até aos dias de hoje, não temos registo de nenhuma criança que tivesse sido dada como desaparecida, tendo as situações reportadas sido resolvidas com sucesso“, diz fonte oficial.

Não foi possível, contudo, perceber quais as idades mais frequentes em que os menores se perdem e se o afastamento do chapéu-de-sol é mais comum entre rapazes ou entre raparigas, uma vez que os dados não são coligidos por faixas etárias ou por género . Mas basta uma criança perdida para que todos os alarmes de desespero se comecem a fazer ouvir areal fora.

Por isso, o melhor é, antes de sair de casa – e mesmo antecedendo o momento em que cobre os filhos de protetor solar -, definir regras simples e bem claras para todos e por todos para evitar estes sustos de morte.

Ao mesmo tempo que se definem as medidas concordadas pela família, há truques para impedir que estas tragédias de verão arrisquem estragar umas férias. Na galeria acima vai encontrar oito conselhos úteis que vão ajudar a não perder a descendência de vista.

O que fazer em caso de perda

Ao Delas.pt, fonte oficial do AMN/ISN explica que mal uma criança desapareça, a família deve recorrer ao nadador-salvador da praia para que este acione todos os meios que tem ao dispor. Entre eles, revela a assessoria daquele organismo, é àquele responsável da praia que cabe dar “o alerta as Autoridades e aos restantes nadadores-salvadores da praia, podendo também ele ajudar na procura pela criança”.

“Regra geral, e não descurando a procura no sentido oposto, a procura pela criança deve incidir mais no sentido do sol pelas costas e junto à linha de água, pois tendencialmente é assim que as crianças caminham pela praia tentando localizar os familiares e/ou amigos quando se sentem perdidas”, refere fonte oficial.

Caso o episódio tenha lugar numa praia não vigiada, a melhor solução passa por ligar imediatamente o 112 para que seja depois feita a triagem no sentido de alocar todos os recursos disponíveis para o local, o mais rapidamente possível.

Imagem de destaque: Shutterstock

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