Novo filme de Kathryn Bigelow volta a pôr o dedo nas feridas da história americana

Director Kathryn Bigelow poses for her new film 'Zero Dark Thirty' in New York
Director Kathryn Bigelow poses for her new film 'Zero Dark Thirty' in New York December 4, 2012. REUTERS/Andrew Kelly (UNITED STATES - Tags: ENTERTAINMENT) - RTR3B7GR

Kathryn Bigelow tem um novo filme e, tal como nas suas outras obras, também neste volta a trazer para o grande ecrã episódios da história recente dos Estados Unidos da América (EUA).

‘Detroit’ é o nome da sua mais recente longa-metragem, com estreia em Portugal a 21 de setembro e já no próximo dia 4 de agosto nas salas de cinema americanas.

Desta vez, Bigelow, que foi a primeira mulher a ganhar um Óscar para Melhor Realização, em 2010, com o filme ‘Estado de Guerra’, parte de acontecimentos reais passados na cidade do Michigan, no final da década de 1960.


Kathryn Bigelow foi a primeira mulher a ganhar um Óscar para Melhor Realização


O filme centra-se no caso do Motel Algiers, na noite de 25 para 26 de julho de 1967. Nessa noite várias forças policiais interrogaram os hóspedes, com um recurso à força, e a um “jogo de morte” numa tentativa de intimidação. No final dessa noite, três homens tinham sido atingidos por armas de fogo e muitos outros homens e mulheres tinham sido brutalmente agredidos.

Os tumultos de Detroit de 1967 , sobre os quais passam agora 50 anos, são considerados dos mais violentos e destrutivos da história dos EUA. Ao fim de cinco dias de tumultos, com cerca de 7.000 soldados da Guarda Nacional e do Exército envolvidos, contabilizaram-se 43 mortos, 342 feridos e cerca de 1400 edifícios queimados.

Esse momento da história americana remonta ao contexto de várias lutas sociais no país, em particular a dos direitos civis da população negra, que continua a ressoar na atualidade.


Veja o trailer do filme ‘Detroit’ neste link


Para o novo filme, Kathryn Bigelow recorreu a imagens reais da época e contou com uma nova geração de atores, onde se destaca John Boyega (‘StarWars: O Despertar da Força’), Will Poulter (‘O Renascido’), Algee Smith (da série de TV ‘Complications’) ou Jacob Latimore (‘Beleza Colateral’).

Depois do Óscar para Melhor Realização, e também Melhor Filme, em 2010, Kathryn Bigelow voltou a ser nomeada para esta última categoria com ‘00:30 A Hora Negra’.