Número de festivais aumentou em 2018. Foram mais 39

Se, em 2018, teve a sensação de que houve festivais de música quase todos os dias, pode ficar descansada porque a sua intuição não a traiu. No ano passado, foram registados 311 certames desta natureza, mais 39 do que em 2017. E porque as contas importam: o valor médio dos bilhetes foi de 14 euros e dos passes de 35 euros.

É certo que a maioria deles foi de pequena dimensão e mobilizaram 2,7 milhões de espectadores, segundo a Aporfest – Associação Portuguesa de Festivais de Música. Das mais de três centenas, mais de metade ocorreu entre 15 de junho e 15 de setembro, refere a Aporfest no relatório anual “Festivais de Música em Portugal”, a que a Lusa teve acesso, que será apresentado na sexta-feira, em Lisboa, no âmbito do Talkfest – Fórum Internacional de Festivais de Música.

Rosalía e Erikah Badu no primeiro cartaz paritário dos festivais portugueses

Segundo a Aporfest, a maioria dos festivais portugueses “é ainda de pequena dimensão (com menos de 1.500 espectadores por dia), com a larga maioria a ser realizada por pessoas coletivas privadas sem fins lucrativos (associações, cooperativas, fundações) e entidades públicas”.

Os festivais de pequena dimensão representam 54,9% do total. Já os de grande dimensão (com mais de dez mil espectadores por dia) representam 12,9% e, os de média dimensão (entre 1.500 e dez mil espectadores por dia), 32,2%.

Lisboa e Porto são os principais palcos de festivais em Portugal

Em termos geográficos, o distrito de Lisboa foi o que acolheu o maior número de festivais (53), seguido do Porto (11), Braga, Leiria e Funchal (oito), Coimbra e Guimarães (Sete) e Évora (seis).

Pelos 311 festivais realizados no ano passado, passaram 2,7 milhões de espectadores. O Rock in Rio, o NOS Alive e MEO Sudoeste foram os que registaram maiores audiências: 280 mil espectadores em quatro dias, 165 mil em três dias e 147 mil em cinco dias, respetivamente. Estes três festivais estão entre os 82,1% com entrada paga. Os restantes têm entrada gratuita (16,3%) ou mista (1,6%).

Na galeria acima veja dicas de segurança a que deve prestar atenção nos festivais de verão.

2 em cada 3 atuações foram de artistas portugueses

Em relação aos cartazes, o relatório refere que 62,1% das atuações foram de artistas ou bandas portuguesas e 37,9% de artistas ou bandas internacionais. No ano passado, houve “apenas três cancelamentos” de festivais, “após o anúncio de datas ou lançamento de artistas para o alinhamento”.

Nos 311 festivais que se realizaram, “a ocorrência de incidentes graves foi praticamente nula”, o que, considera Aporfest, “valida e reforça os cuidados no planeamento e gestão de segurança adstritos aos festivais, nomeadamente os de recinto ao ar livre”.

No relatório da Aporfest, foram considerados festivais “em que o cerne da sua ação é exclusivamente a música ou a música é pelo menos dois terços da sua programação cultural”.

CB com Lusa

Imagem de destaque: Shutterstock

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