O que as mulheres escondem numa relação

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Numa relação de casal, esperamos sempre que o outro nos diga aquilo que pensa e sente em relação a nós, de si próprio e sobre o mundo. “Muitos casais esperam que esta coisa de partilhar a vida, seja uma fusão entre os dois seres”, começa por dizer a psicóloga clínica da Oficina da Psicologia Ana Oliveira. “Na realidade não é assim que acontece. E isso não é razão de preocupação maior pois a riqueza do processo não está na fusão, mas antes na habilidade de manter a individualidade de cada um e, em simultâneo, gerar um conjunto de hábitos, interesses, ideologias comuns que resultam da convivência e da descoberta que se vai fazendo no caminho.”

A psicóloga explica ao Delas.pt que “por entre esta dinâmica, por vezes, escondem-se aspetos um do outro. Isto acontece porque se quer manter uma imagem de segurança, força, confiança em si e no que se faz, sem ficar exposto ao escrutínio ou à crítica, entre outros motivos.” O que escondem estão as mulheres?

Escondem quanto gastam em compras
“Este aspeto pode estar relacionado com um certo lado mais compulsivo e vulnerável à resposta ao estímulo comprar. Uma mulher sozinha ou acompanhada por outra (s), num shopping, acaba por ter a tendência para fazer uma pequena compra ou várias. Há sempre algo que surge de bonito, cativante, útil, diferente e porque o número que se tem em casa parece ser insuficiente”, explica Ana Oliveira, da Oficina da Psicologia.


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“Pode ser um cliché, mas é um fenómeno com alguma tendência para se repetir. As mulheres dizem muitas vezes que há coisas nesta matéria que os homens não compreendem; talvez seja por este motivo que este tema tende a ser alvo de omissões ou de inverdades, quanto ao número de bens que se compram ou de dinheiro que se despende”, acrescenta a psicóloga.

Escondem o número de parceiros sexuais que já tiveram
No que se refere ao número de parceiros sexuais, “esta omissão pode estar relacionada com a imagem ‘pura’ que durante muitas décadas a mulher deveria ter antes de se casar e que mantém ecos nos tempos de hoje”, diz Ana Oliveira. “Como se fosse sinal de leviandade ou promiscuidade ter tido muitos parceiros sexuais. A mulher parece ser alvo do seu próprio julgamento, atormentando-se com ideias de que tem de ser perfeita.”

Segundo a psicóloga, “muitas vezes, aquilo que escondem da cara-metade é precisamente por acharem que não estão de alguma forma a corresponder aquilo que é esperado delas, à tal imagem de perfeição.” Mas há mais: “também não podemos nos esquecer de um certo sentido de querer agradar, de se sentir valorizada, elogiada que é próprio do ser humano.”