O amor depois do fim. Mais de metade de mães e pais separados procura relação séria

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[Fotografia: Pexels/Cottonbro]

Primeiro o divórcio, depois a gestão da nova vida com filhos de pais separados e, tempos depois, uma tentativa de dar oportunidade a, quem sabe, ao amor e a uma relação séria. Afinal, o que querem mães e pais recém-separados e o que esperam do romance.

Segundo a plataforma de encontros Badoo, que analisou buscas e interesses de mães e pais em regime de monoparentalidade, mais de metade procura um novo relacionamento sério. No estudo Namoro: pais, mas não só, que teve lugar em França (onde uma em cada quatro famílias são monoparentais, com claro predomínio das mulheres), foram auscultados 900 indivíduos.

O estudo, que coloca em cima da mesa várias formulações, indica que quase sete em cada dez (65%) estão à procura de um romance sério, 35% busca um parceiro para vida e três em cada dez reconhecem estar à procura de uma bela história de amor.

Tempo é…. amor

De acordo com a análise, 51% dos entrevistados garante dizer a verdade no primeiro encontro e revela que tem filhos, sendo que as mulheres são quem se apresenta de forma mais clara neste jogo de engate para relacionamento tendencialmente sério: 55% das mães e 45% dos pais inquiridos diz que tem descendência. Uma decisão que põe em evidência a necessidade de não perder tempo nem gerar equívocos.

Mas nem só, porque, afinal, a opinião dos miúdos conta e muito. Para 65% dos inquiridos, o olhar dos descendentes sobre o novo amor é incontornável. para evitar o que quer que seja, o inquérito conclui que quase nove em cada dez inquiridos (85%) não quer apresentar o novo companheiro aos filhos. O objetivo de encontrar um segundo pai ou segunda mãe para as crianças é muito residual nas mulheres – apenas 8% admitiu essa vontade – e pouco maior nos homens (18%).

Em Portugal, os agregados monoparentais já representam 1/5 das famílias. Existem, segundo os dados definitivos dos Censos 202, 579 mil 971 lares compostos por um adulto e filhos, representando 18,5% do total nacional. Destes, as mulheres são, bem de longe, as que mais têm filhos a cargo e são quase seis vezes mais do que os homens em iguais circunstâncias.

Porém, a reconstrução de uma vida não chega à mesma velocidade para mulheres e homens. Elas continuam mais divorciadas do que eles, embora a diferença entre 2011 e 2021 tenha diminuído entre géneros. Em 2021, os Censos reportam a existência de 8,9% das mulheres divorciadas (484.361) face a 7,0% (345 866) dos homens, o que compara com 8,0% e 5,6% em 2011, respetivamente.