O apelo da “Dolce Vita”

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Marcello Rubini, o jornalista paparazzo do clássico de Federico Fellini, “La Dolce Vita” (1960), percorria todos os dias a Via Veneto em busca de histórias sobre a socialite italiana.

Na Roma do pós-guerra, aquela avenida foi o berço da cultura e da arte, e assim continuou até aos dias de hoje. Batizada em honra da batalha de Vittorio Veneto, uma vitória decisiva para a Itália na Primeira Guerra Mundial, a Via Veneto é uma das mais famosas e elegantes ruas de Roma, onde se concentram os hotéis, bares e restaurantes mais trendy da cidade.

Nos anos 60, era frequente encontrar nos cafés da Via Veneto personalidades como Audrey Hepburn, Gary Cooper, Orson Welles ou Coco Chanel. Imortalizado no filme de Fellini, o Café de Paris é o mais típico e concorrido da avenida, especialmente para amantes de cinema e apaixonados pelas décadas de 50 e 60. Em tempos, pertenceu à máfia e era ponto de encontro de “famiglias“, mas hoje é um agradável café, com uma esplanada que convida ao ócio e ao “dolce fare niente” de ver passar Vespas e beber capuccinos.

O Restaurante Doney é local por excelência de políticos e jornalistas. É raro não encontrar pelo menos uma figura do Governo italiano ou uma cara conhecida da televisão a tomar uma refeição no Doney, e quase sempre pela mesma razão: a mousse de pistácio. Esta sobremesa tornou o renovado e elegante restaurante num fenómeno, e hoje é um dos mais procurados de Roma.

Também os hotéis fazem jus ao glamour da Via Veneto. Antiga residência da Rainha Margarida de Áustria, duquesa de Saboia, o Regina Hotel Baglioni é o novo hotel design da capital italiana, renovado com estilo Art Déco. Com a aura típica de uma antiga residência nobre, os quartos e suítes do hotel oferecem ainda uma vista privilegiada sobre a cidade de Roma.

Um pouco acima da Via Veneto, na Piazzale Napoleone, encontramos o segundo maior parque da capital italiana, os Jardins da Villa Borghese, da qual faz parte também um museu de arte. Aproveitando a estadia do arquiteto Flamínio Ponzio em Roma, em 1613, a propósito de trabalhos para o papa Paulo V, o cardeal Scipione Borghese, sobrinho da entidade superior da Igreja, pediu ao arquiteto para desenvolver os seus desenhos para a villa, que pretendia construir como casa de campo e para guardar a coleção de arte dos Borghese. O resultado foi um palacete impressionante, rodeado de jardins labirínticos de inspiração inglesa, e um museu onde hoje podemos encontrar algumas das mais icónicas obras de Caravaggio como “Rapaz com um Cesto de Fruta”, “São Jerónimo”, “Baco Doente” e outros. Uma importante galeria para o circuito artístico de Roma, que inclui ainda esculturas e pinturas de Leonardo da Vinci, Raffaello, Rubens e Ticiano.

Há mais para descobrir nesta cidade intemporal. Desde mercados típicos, monumentos históricos e galerias de arte, conheça aqui as nossas sugestões.

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