Além da estreia de Cristiano Ronaldo na Juventus, o início do campeonato de futebol italiano, no passado fim de semana, ficou marcado pelo discurso machista e discriminatório de alguns adeptos radicais do clube Società Sportiva Lazio. Durante o jogo contra o Nápoles, no Estádio Olímpico de Roma, os fãs da Lazio distribuíram panfletos a convidar as mulheres a assistirem aos jogos a partir da décima fila.
“O fundo norte representa um lugar sagrado para nós, um ambiente com um código não escrito que deve ser respeitado. As filas do fundo sempre viveram como se fossem uma trincheira e dentro dela não se admitem mulheres, esposas ou namoradas, então, convidamo-las a posicionarem-se a partir da décima fileira”, lia-se nos panfletos distribuídos pela claque do clube italiano – como mostra o post a baixo, partilhado no Twitter.
Nel frattempo all'Olimpico i laziali straight outta 1700. Ma poi "Diabolik Pluto" che cazzo di nome è lmao pic.twitter.com/O3qB1Grm4g
— Big Cazz (@Cuckpitalism) August 18, 2018
Perante esta situação, o diretor de comunicação da Lazio, Arturo Diaconale afirmou ao jornal espanhol El País: “O clube sempre foi contra qualquer tipo de discriminação, e na curva norte sabemos que sempre houve presença feminina, não muito grande, mas existe”.
No entanto, os adeptos radicais da Lazio contam já com algumas sanções por racismo, sendo que o último episódio do género decorreu em outubro de 2017, quando alguns adeptos radicais espalharam imagens de Anne Frank, assassinada pelo nazismo, com a camisola de Roma – equipa rival desse jogo – onde se lia “Anne Frank encoraja Roma”, em modo de insulto.
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