
A primeira-ministra britânica Theresa May, 62 anos, está a ferro e fogo. O parlamento britânico debate e vota esta quarta-feira, 16 de janeiro, uma moção de censura ao Governo e que foi apresentada pelos trabalhistas, liderados por Jeremy Corbyn, após o chumbo ao acordo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Caso a moção contra o executivo seja aprovada, sendo necessários 320 votos (trabalhistas têm 308 lugares e serão precisos votos do partido de May para que seja aceite), estar-se-á na iminência da convocação de eleições legislativas antecipadas. Caso tal não aconteça, May tem 72 horas para encontrar um plano B para os termos de um novo acordo da saída do Reino Unido da União Europeia.
O chumbo expressivo do acordo do Brexit teve lugar na noite de terça-feira, 15 de janeiro, com 432 votos contra e apenas 202 a favor. Uma desvantagem de 230 votos, sendo que 118 deles contra foram de deputados do próprio partido Conservador da primeira-ministra Theresa May, a própria que negociou com Bruxelas o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Recorde-se que, em dezembro último, a líder conservadora enfrentou uma moção interna do partido que encabeça devido a este caso e que acabou por ser ganha por ela. Agora, May ganha nova brecha por resolver.
O chumbo da Câmara das Comuns ao acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) levou também o Parlamento Europeu, hoje reunido em plenário em Estrasburgo, França, a incluir na agenda a analise do caminho a seguir no âmbito do ‘Brexit’. No debate britânico vai participar o negociador-chefe da UE para o ‘Brexit’, Michel Barnier.
CB com Lusa
Imagem de destaque: Clodagh Kilcoyne/Reuters
Investigadoras portuguesas no Reino Unido em discurso direto sobre as eleições