Kim Yo-jong, a irmã mais nova do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, chegou esta sexta-feira, 9 de fevereiro, à Coreia do Sul para assistir à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang.
A integração de Kim Yo-jong na comitiva oficial tem um forte significado, tanto político, como histórico. Para além de ser considerada umas das figuras mais influentes do país, a irmã do líder norte-coreano, será o primeiro membro da dinastia Kim a visitar a Coreia do Sul, embora o avô, Kim Il Sung, tenha viajado para aquela zona durante a Guerra da Coreia.
Afinal, quem é Kim Yo-jong?
Mas quem é afinal esta figura feminina que parece estar a ganhar relevo no governo norte-coreano? Uma das pessoas mais próximas de Kim Jong-un, de acordo com o North Korea Leadership Watch, esta jovem, de 30 anos, é a filha mais nova do ex-ditador Kim Jong-il.
Casada com o filho de Choe Ryong-hae, secretário do Partido dos Trabalhadores, Kim Yo-jong , é vice-diretora do departamento de propaganda do Partido dos Trabalhadores da Coreia. De acordo com a BBC, Kim Yo-jong estará na lista negra dos Estados Unidos, pelas suas ligações com casos de abusos de direitos humanos na Coreia do Norte.
Depois de ter sido promovida no órgão mais importante da tomada de decisão no Partido dos Trabalhadores da Coreia – o politburo – no ano passado, Kim Yo-jong captou a atenção dos meios de comunicação internacional.
Uma visita histórica
A participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang2018, que terminam a 25 de fevereiro, é, para Seul, um sinal de paz na relação problemática entre os dois países (Coreia do Norte e Coreia do Sul).
A presença de Kim Yo-jong nesta delegação “pode ser interpretada como parte da ofensiva de paz para mostrar que [a Coreia do Norte] pode exercer o papel de Estado normal, mesmo com armas nucleares”, sublinha o professor da Universidade Global de Handong, citado pela agência Yonhap.
A irmã do líder norte-coreano, que viajou num jato particular para uma estadia de três dias na Coreia do Sul, foi recebida por um grupo de funcionários sul-coreanos, incluindo Cho Myoung-gyon, ministro da Unificação. De acordo com informações divulgadas pela imprensa, a irmã de Kim Jong-un deverá encontrar-se com Moon Jae-in, presidente sul-coreano, para um almoço no palácio presidencial, localizado em Seul.
Os EUA também enviaram uma delegação para Pyeongchang. Mike Pence, vice-presidente dos EUA, revelou na passada quarta-feira que Washington tem intenções de anunciar novas sanções contra o regime da República Popular Democrática da Coreia. A administração de Trump acredita que o verdadeiro intuito da Coreia do Norte com a aproximação ao sul seja a tentativa de diminuição das sanções económicas da ONU.
Imagem de destaque: Reuters
com Lusa
