O Papa e as mulheres

Nasceu na Argentina, filho de imigrantes italianos que o chamaram Jorge Mario Bergoglio, a 28 de fevereiro de 2013 foi eleito Papa da Igreja Católica e Chefe de Estado do Vaticano, sendo o 266º homem no cargo. Passou a chamar-se Francisco, numa clara evocação do santo de Assis, amigo da Natureza e cuja missão de reerguer uma igreja em ruínas lhe foi dada, segundo testemunhou, pelo próprio Cristo, através de uma visão.

Do século XIII para o século XXI, o chefe da Igreja de hoje chamou a si as mesmas missões: o ambiente na Encíclica Si que profere em 2015 e em vários discursos contra a corrupção, a lavagem de dinheiro, a intransigência em relação à pedofilia e até o voto de pobreza e a defesa dos pobres.

Chamado muitas vezes de revolucionário, porque quer acolher na Igreja dos leigos os divorciados, os homossexuais, porque reconhece a importância da sexualidade, do preservativo e questiona a obrigatoriedade do celibato dos padres, tem tido, no entanto, uma posição pouco clara em relação às mulheres. “A Igreja é a última instituição ocidental machista e misógina,” dizia esta quinta-feira o teólogo Anselmo Borges à TSF.

Mas será que esses adjetivos se aplicam ao Papa Francisco? Por um lado diz que quer mulheres mais presentes e representadas na Igreja, por outro declara que o sacerdócio não lhes será aberto, e ao mesmo tempo promove mulheres para as chefias de gabinetes importantes como o da Comunicação da Igreja ou a Direção do Museu do Vaticano reforça o papel maternal das mulheres. Afinal o que pensa Francisco das mulheres e que papel lhes reserva na Igreja? Veja na galeria as frase mais marcantes do pontificado