O que a religião, a tauromaquia e a pintura têm a ver com Balenciaga?

É uma dos destaques na agenda de 2019 do país vizinho, quem sabe a justificar uma deslocação a Madrid por estas datas. O Museu Thyssen-Bornemisza vai inaugurar uma exposição sobre Balenciaga a 18 de junho, prolongando-se ate 22 de setembro. Esta mostra temporária explora a relação entre o trabalho do designer e a cultura espanhola, nomeadamente a pintura, o catolicismo, a tauromaquia e o flamenco.

O nome Balenciaga continua a ser uma referência para muitos jovens talentos, que vê´eem no arquivo da sua obra uma verdadeira inspiração. Nas imagens antigas e no guarda-roupa com assinatura de Cristóbal que chegou aos dias de hoje, encontram-se inúmeras referências a Espanha, tanto nos bordados, como nos elementos de confeção e até nos volumes. Uma influência que se torna evidente nesta exposição que junta quadros desde o séc. XVI e peças de vestuário, com curadoria a cargo de Eloy Martínez de la Pera.

Cristóbal Balenciaga nasceu em Getaria, Espanha, em 1895. Começou a costurar desde tenra idade com a mãe e as suas criações, onde os jogos de volumes e os grandes laços eram assinatura frequente, rapidamente se tornaram das preferidas da Casa Real Espanhola. Um sucesso que lhe permitiu abrir três boutiques, uma em Barcelona, outra em Madrid e a última em San Sebastián, um sucesso que foi interrompido pela Guerra Civil que obrigara o designer a fechar as lojas e a mudar-se para Paris. Foi na Cidade Luz, em 1937, que fez o seu primeiro desfile, e foi também lá que se estabeleceu com um dos designers mais importantes da História da Moda.

Imagens: Pinterest

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