O que a última década nos ensinou sobre amor e sexo

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Entrámos em 2020, numa nova década, mas os últimos 10 anos trouxeram-nos imensos conhecimentos sobre amor e sexo. Desde a teoria de que os millennials estão a fazer menos sexo do que os seus pais e avós, passando por estudos que mostram a idade a que deve casar para contornar a possibilidade de divórcio, várias foram as teorias e estudos feitos sobre o tema nos primeiros 10 anos de 2000.

Reunimos alguns estudos que foram feitos ao longo dos últimos anos e que nos trouxeram bastante conhecimento sobre a realidade sexual e afetiva dos casais modernos.

Confira abaixo:

Casais que dividem as tarefas domésticas têm melhor sexo

Sabia que as mulheres fazem mais 10 horas semanais de trabalho não pago? Sim, a partilha do tempo continua desigual entre homens e mulheres e até já existem escolas que ensinam os rapazes a realizarem certas tarefas domésticas, para que aprendam a fazer uma divisão mais justa entre o casal.

Segundo um estudo de 2012 elaborado pela Universidade de Alberta, Canadá, os casais que partilham as tarefas domésticas têm uma vida sexual melhor e níveis mais elevados de satisfação. A divisão de tarefas faz com que o casal se sinta mais respeitado, evita discussões e faz com que ambos tenham mais tempo para os prazeres da vida.

Os millennials podem estar numa recessão sexual

Há quem acredite que vivamos numa geração com uma grande recessão sexual. Se tem menos de 26 anos, talvez faça menos sexo do que os seus pais ou avós faziam. Já lhe tínhamos contado que, segundo um estudo americano, os jovens com menos de 26 anos fazem menos sexo do que as gerações anteriores. Na verdade, parece que os jovens preferem assistir a uma série do que manter relações sexuais entre si.

De acordo com um estudo de 2017, os jovens com pouco mais de 20 anos fazem menos sexo do que a geração anterior e 15% afirmou não ter feito sexo desde que atingiu a maioridade. Mas esta situação não se viu apenas nos millennials: desde o final dos anos noventa até 2014 o sexo entre os adultos diminuiu de 62 para 54 vezes por ano, em média.

As mulheres são mais felizes com homens menos atraentes

Quem o afirma é um estudo também de 2017, elaborado pela Universidade da Flórida, Estados Unidos da América, que afirmou que, na maioria das relações estáveis e de longa duração, a mulher era mais atraente do que o homem. E, pelos vistos, as mulheres estão bem com a situação.

Além do mais, comprovou-se ainda que os homens que têm parceiras mais atraentes do que eles dão-lhes mais presentes, dividem mais as tarefas domésticas e satisfazem mais a nível sexual – o que leva, por sua vez, a uma maior satisfação da relação.

Pessoas que casam entre os 25 e os 32 têm mais hipóteses de se manterem casadas

Se em 2018 se dizia que a melhor forma para evitar o divórcio era ter um casamento económico, visto que quanto mais dinheiro se gastasse na festa mais probabilidade tinha de as coisas correrem mal, diz-se também que há uma idade em que é mais provável casar e manter-se casada: dos 25 aos 32.

O estudo foi elaborado pela Universidade de Utah, Estados Unidos da América, que elaborou a taxa de divórcio em função da idade com que se casa. Se casar depois dos 32 anos de idade, a probabilidade de acabar o casamento aumenta 5%, de acordo com os dados recolhidos pelo estudo.

O divórcio pode ser mortífero para os homens

O estudo confirmou que homens divorciados – ou que nunca se casaram – têm mais risco de mortalidade precoce. Têm também mais tendência para consumir substancias ilícitas ou álcool ou ainda desenvolver depressão. A taxa de suicídio para homens separados também sobe cerca de 39%.

A euforia pós sexo pode durar até 48 horas

Que o sexo tem imensos benefícios já nós sabíamos, mas será que sabia que a euforia pós sexo pode durar até 48 horas após o ato? O sexo liberta várias endorfinas e “hormonas da felicidade”, que nos fazem sentir bem e relaxadas após o ato sexual. Uns investigadores da Flórida descobriram, em 2017, que este efeito pode durar até dois dias.

Andrea Meltze, uma das investigadoras, foi entrevistada pela secção Life do jornal HuffPost e explicou as razões pelas quais isto acontece: “48 horas é, aproximadamente, o tempo que dura a maximização da conceção, para as mulheres, e para os homens é o tempo que leva a repor e restaurar a concentração máxima de esperma. É também durante este tempo que o esperma se mantém viável dentro do aparelho reprodutivo feminino.“, explicou.

Por esta razão, a euforia pode durar pelo mesmo espaço de tempo.