O que significa o 25 de Abril para as mulheres? 45 personalidades femininas respondem

No dia em que se celebram os 45 anos da Revolução dos Cravos, perguntámos a 45 personalidades femininas portuguesas, dos mais diversos quadrantes, o que o 25 de Abril lhes trouxe enquanto mulheres, cidadãs e pessoas, individualmente consideradas.

Direitos como “o voto universal para as mulheres conseguido nas primeiras eleições pós 25 de abril” – o mesmo direito tinha sido conseguido pelos homens em 1945 – ou “a abolição da permissão legal de morte da mulher ou filha até aos 21 anos de idade, por parte respetivamente do marido e/ou pai, nos denominados ‘crimes de honra'” foram algumas das conquistas, como lembra Elisabete Brasil, da UMAR.

Mas houve outras que não foram imediatas, porém possíveis com a mudança: o acesso à educação, à liberdade sexual, à saúde reprodutiva e ao planeamento, ao mercado de trabalho, sua perspetiva mais vasta, a liberdade de sair do país e viajar, sem autorizações prévias, o divórcio (por mútuo consentimento e civil para os casados pela Igreja), a participação política, a liberdade de expressão, e, claro, a igualdade e não discriminação, consagradas na Constituição de 1976, estão entre os direitos conquistados e assinalados por estas 45 mulheres, que partilham também as suas memórias e sua história pessoal associadas a esta data – difíceis de resumir em poucas palavras.

Às lembranças de algumas, que viveram de perto ou à distância a revolução, que mudaram de país e se mudaram a si por causa dela, soma-se o legado de conquista de direitos reconhecidos por todas, incluindo pelas das gerações que já nasceram ou cresceram em liberdade. Políticas, atrizes, cantoras, escritoras, arquitetas, chefs, empresárias, jornalistas, ativistas, médicas e desportistas partilham tudo isso. Leia os depoimentos na galeria, acima.