Mexa-se mais, ou coma melhor. Para atingir a boa forma, a ideia é que tem de gastar o mesmo que consome. Conheça os truques para mexer-se mais sem dar por isso. E comer melhor.
Vamos de carro para o trabalho, subimos no elevador e sentamo-nos à secretária oito horas. Ao fim do dia, fazemos o percurso inverso até chegar a casa e aterrar no sofá. Pelo meio, almoçamos uma salada e lanchamos meia dúzia de bolachas. O cenário parece-lhe familiar? Pois é a chave para o excesso de peso e a falta de saúde.
Em Espanha, um documento elaborado pela Fundação Espanhola de Nutrição e pela Sociedade Espanhola de Nutrição Comunitária, concluiu que a esperança de vida pode aumentar em média 3,4 anos em pessoas que praticam atividade física moderada. O documento – A Chave para Um Balanço Energético Adequado – diz que o segredo para sair desta espiral consegue-se através de uma equação simples: a ingestão de energia dever ser igual ao gasto de energia.
Não é necessário comer menos mas antes comer melhor, manter uma alimentação variada, moderada e equilibrada. E ter um estilo de vida que evite os hábitos sedentários e nos faça mexer mais. Embora durante muito tempo se tenha colocado o foco do combate à obesidade quase exclusivamente nas questões da nutrição, há evidências crescentes de que não há alimentos maus. Tudo depende de quanto se consome e de quanto se gasta.
O corpo não foi feito para ficar parado. Daí que a solução para reduzir o peso possa não passar apenas pela restrição alimentar. A nossa fisiologia está preparada para um nível elevado de consumo e gasto energético: se há restrição alimentar e não há gasto energético, tudo o que o organismo faz é adaptar-se para poder manter o peso, «consumindo» menos energia.
Na maioria dos casos, a obesidade é causada por um contínuo balanço positivo de energia armazenada no nosso corpo que excede a consumida. Por essa razão, a prática de atividade física é essencial, o que levou a Organização Mundial da Saúde a estabelecer como recomendação a prática generalizada de pelo menos 150 minutos por semana de atividade física intensa a moderada – para adultos – e 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.
Conheça os truques para MEXER-SE MAIS.
- Prescinda dos elevadores, pelo menos para andares baixos. Use o elevador apenas em parte do percurso para andares altos. Suba e desça meia dúzia de vezes uns lanços de escada todos os dias.
- Saia mais cedo do autocarro: faça o caminho a pé. Se anda de carro também pode usar uma dica: estacione longe.
- Conviva em movimento: arranje companhia para se mexer. Tente substituir a combinação imperial + esplanada por corrida + parque. Dance! Pôr uma música animada e dançar em casa, sozinho ou acompanhado, vai ajudá-lo a gastar calorias, além de lhe melhorar o humor.
- Brinque com as crianças como elas gostam: a correr. Gasta calorias, deixa-as felizes e incute-lhes desde cedo o gosto pela prática de exercício.
- Levante-se para falar com os colegas. Em vez de lhe mandar um e-mail, ou fazer um telefonema. Vá buscar o seu café em vez de pedir que lho tragam e aproveite telefonemas ou reuniões para estar de pé.
E os truques para COMER MELHOR.
- Não passe fome: estar esfomeado é meio caminho andado para pecar e comer demasiado na refeição seguinte.
- Reeduque o seu paladar e aprenda a ser guloso por alimentos mais saudáveis. Pode ter de experimentar vários até acertar, mas arranje um substituto para aquelas bolachas do meio da tarde que lhe saibam igualmente bem.
- Não faça compras com fome e discipline-se: não leve para casa nada que não queira comer.
- Tenha sempre fruta em localizações estratégicas: ponha-os bem à vista. A fruteira em cima da mesa da sala é mais fácil ter vontade de comer uma maçã.
- Aprenda a fazer receitas saudáveis. Pelo menos uma vez por semana pesquise na internet ou em livros de culinária novas receitas. Aquilo que sabe cozinhar determina em muito a forma como se alimenta.
- Coma sem pressas, com calma e mastigue bem os alimentos. Quando se come rapidamente, é maior a quantidade de comida que se ingere até que se atinja a sensação de saciedade