Obamas atiram-se à televisão

O ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama e a sua mulher Michelle assinaram um acordo com a plataforma Netflix para produzir filmes, séries e documentários, segundo um comunicado da empresa divulgado esta segunda-feira, 21 de maio.

A plataforma de ‘streaming’ de vídeo por subscrição não forneceu muitos pormenores sobre os futuros projetos do ex-casal presidencial, mas indicou que poderão passar pela produção de séries de ficção, reality shows, séries documentais, documentários e longas-metragens de ficção.

O casal Obama vai produzir estes conteúdos através da produtora Higher Ground Productions, que foi criada para este acordo. Esta aproximação às artes não é nova, sobretudo porque a filha mais velha do casal ex-presidencial, Malia, já tinha estagiado em empresas da sétima arte norte-americana.

Malia Obama vai estagiar com um dos “gigantes” de Hollywood

“Barack e eu sempre acreditámos no poder da narrativa para nos inspirar, para nos fazer pensar de forma diferente sobre o mundo que nos rodeia e para nos ajudar a abrir os nossos espíritos e corações para os outros”, afirmou Michelle Obama, citada na mesma nota informativa.

Esperamos cultivar e ajudar na afirmação de vozes de talento, fontes de criatividade e de inspiração que promovam uma maior empatia e compreensão entre as pessoas“, acrescentou Barack Obama, citado no comunicado.

Segundo o diário The New York Times, que cita fontes próximas de Barack Obama, o ex-Presidente não pretende usar esta plataforma como um instrumento político, nomeadamente para criticar o seu sucessor na Casa Branca, Donald Trump.

O valor do contrato não foi revelado, mas o acordo com o casal Obama está a ser comparado pelos ‘media’ especializados norte-americanos a outras duas importantes operações recentemente realizadas pela Netflix.

Em março de 2017, o casal Obama assinou um contrato com a editora Penguin Random House na ordem dos 60 milhões de dólares (cerca de 50,8 milhões de euros), segundo avançaram na altura vários meios de comunicação social norte-americanos. O acordo prevê a edição de um livro assinado por cada um deles.

Imagem de destaque: Jim Bourg/Reuters

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