O estudo do impacto da obesidade na estrutura cerebral comparou os exames de 341 pessoas com Índice de Massa Corporal superior a 30, 341 pessoas diagnosticadas com Alzheimer e comparou estes dados com mapas de 682 participantes do estudo considerados saudáveis. Os resultados apontam para uma diminuição das zonas cerebrais que envolvem a aprendizagem, a memória e o julgamento.
“Mostrámos que há uma semelhança entre os cérebros de pessoas obesas e as que têm Alzheimer”, afirma principal autor do estudo, Filip Morys, investigador em neurociência e pós-doutorado na Universidade McGill, de Montreal, Canadá. Para o especialista, uma das respostas está na “espessura do córtex cerebral”, a camada externa do cérebro.
Se as análises prévias feitas pela ciência nos últimos anos indicavam risco de a obesidade incrementar a prevalência da doença de Alzheimer por via dos danos provocados nos vasos sanguíneos do cérebro e acumulação de proteínas, esta investigação (que pode consultar no original aqui) veio apontar semelhanças.
“O estudo mostrou que indivíduos obesos e aqueles que padecem de Alzheimer têm áreas comuns do cérebro que são menores em tamanho, possivelmente devido a um processo neurodegenerativo”, o que significa que as “células nervosas nessas regiões podem estar a sofrer danos e podem estar a morrer”, acrescenta a especialista em metabolismo Sabrina Diano, diretora do Instituto de Nutrição Humana do Columbia Irving Medical Center.