
Até 22 de março, sucedem-se as ações de sensibilização junto de alunos do secundário que se preparam para fazer viagens de finalistas. Muitas vezes marcadas pelos consumos excessivos de álcool e produtos estupefacientes, podendo por vezes culminar em tragédias, a chegada deste tipo de festas leva a Polícia de Segurança Pública (PSP) a pôr em marcha uma campanha para alertar para os perigos do exagero.
“Atendendo ao registo de alguns incidentes associados a este tipo de celebrações (…), é essencial o reforço das ações de sensibilização como forma de prevenção de comportamentos aditivos e de risco associados às viagens de finalistas, e que contribuam para um melhor conhecimento dos jovens nestas idades sobre os perigos associados a estes consumos”, afirma a PSP em comunicado enviado às redações e no qual revela ter em curso, até 22 de março, a campanha nacional ‘Viagem de Finalistas’.
Paralelamente a esta iniciativa que decorre no âmbito da Escola Segura e que está direcionada para alunos do 3º ciclo e do secundário, a PSP deixa oito recomendações que os estudantes devem ter em conta antes e durante estes dias de celebração.
Veja-as abaixo:
Manter o contacto regular com as famílias durante o período das férias;
Divertir sem cometer excessos;
Deslocar-se em grupo;
Não perder a bebida de vista quando frequentar espaços de diversão noturna ou qualquer outro espaço onde exista um grande aglomerado de pessoas;
Não aceitar qualquer tipo de substâncias por parte de desconhecidos;
Ser portador dos documentos de identificação e do cartão europeu de saúde;
Preservar as instalações dos hotéis onde ficam alojados;
Respeitar as autoridades locais.
A PSP lembra e alerta que, para lá do problema decorrente do consumo de álcool excessivo num curto período de tempo (conhecido como binge), tem sido verificado “um aumento do consumo de ecstasy e de anfetaminas entre as populações mais jovens”.
No mesmo comunicado, a polícia refere também que “o consumo de cannabis tem início, em média, por volta dos 17 anos” e que, “em 2019, a percentagem de estudantes de 16 anos que declararam o início precoce de consumo de cannabis (13 ou menos anos) era de 2%.” Realidade que, conclui, “ tem levado a um aumento de casos de dependência e de hospitalizações por perturbação psicótica e esquizofrenia associados a cannabis”.
Já agora, recorde o que deve estar na mala antes da partida do aluno para estes dias de celebração.