ONU: Jovem escravizada pelo Estado Islâmico acusa líderes mundiais de inércia

Nadia Murad foi raptada e feita escrava sexual, em 2014, pelo Estado Islâmico. Hoje é embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas contra o Tráfico Humano.

A jovem yazidi de 23 anos foi nomeada para o cargo, na Assembleia da ONU, que se realizou na passada terça-feira, mas não esquece os três meses em que esteve capturada pelo grupo de radicais islâmicos e deixou isso bem claro no discurso emocionado que fez na sede da organização, em Nova Iorque.

Além de contar, mais uma vez, os horrores que viveu às mãos do ISIS, Nadia Murad também não poupou críticas aos líderes mundiais ali reunidos, que acusou de inércia face a uma situação que classifica de genocídio.

Na fotogaleria pode ler a tradução dos momentos mais significativos do discurso de Nadia Murad, que disponibilizamos na íntegra no vídeo em baixo. A jovem yazidi falou em árabe, mas o sofrimento que ao longo de dois minutos vai transformando o seu rosto é de entendimento universal.

Na Assembleia da ONU, Nadia Murad fez-se acompanhar por Amal Clooney, especialista em direitos humanos e representante legal da jovem. A advogada, que é também mulher do ator George Clooney, quer levar o auto-proclamado Estado Islâmico a julgamento.