‘Operação biquini’ e os perigos que este desejo esconde

biquini
[Fotografia: Mikhail Nilov/Pexels]

Com a temperatura a subir e a vontade de sal e sol a disparar, a “operação biquíni” começa a ser uma realidade para muitas mulheres. Saladas, corridas, sumos detox, tudo vale na hora de tentar perder aquela barriguinha a mais e arrasar com o biquíni vestido.

Contudo, estas dietas e restrições nem sempre são a melhor opção. Mais: sem acompanhamento médico podem até ser prejudiciais para a saúde.

Uma das grandes desvantagens destas dietas “milagrosas” é o efeito ioiô, já que voltamos a ganhar peso e por vezes até mais do que aquele que perdemos. Mas este não é o único malefício destas restrições expresso, também as alterações de hormonas responsáveis pela saciedade e a perda de massa muscular são fatores de risco.

Segundo profissionais da área da nutrição, é preciso ter atenção às dietas que proíbem alimentos ricos em hidratos de carbono já que muitas vezes se segue um período de compulsão alimentar.

A saúde mental também precisa de atenção já que dietas constantes podem conduzir a transtornos alimentares, quebra de autoestima, ansiedade e depressão.

Dietas milagrosas e a sociedade espanhola é o nome do estudo que afirma que sete em cada dez inquiridos (74%) admitem que este de alimentação representa um problema para a saúde. Já 83% acreditam que “tem efeitos negativos” e 80% que quando terminam “não obtém os resultados esperados a longo prazo”. Dados que resultam de uma investigação realizada em 2020 pela Academia Espanhola de Nutrição e Dietética e a Fundação MAPFRE.

A preocupação crescente com a magreza e as dietas está intimamente ligada à pressão social e à ideia do corpo perfeito como aquele que vemos nas revistas e televisão.

Contudo, apesar de a ideia de magreza ser associada a ser saudável, nem sempre é assim. Segundo um diagrama feito pela agência GoInvo sobre os fatores que interferem com a nossa saúde, apenas 36% depende do comportamento do indivíduo, 24% estão ligadas a circunstâncias sociais, 22% relacionadas com a genética, 11% com assistência médica e 7% com o ambiente físico.

O ideal para ter uma aparência é seguir uma dieta saudável e aprovada pelo seu médico.