Orçamento chumbado em dia histórico para a democracia. País a eleições?

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[Fotografia:Leonardo Negrão / Global Imagens]

Pela primeira vez em 47 anos na história da democracia portuguesa, um Orçamento do Estado, o de 2022, foi chumbado pela Assembleia da República. Com o veto do parlamento, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa deverá ainda ouvir esta noite de quarta-feira, 27 de outubro, o ainda primeiro-ministro, António Costa, tendo marcadas audições com os partidos nos próximos dias.

Uma tarde de debate em foi declarada a “morte” à geringonça: uma governação socialista com acordos feitos à esquerda pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda.

Nas declarações finais e à saída do plenário, o chefe de Governo, António Costa, diz não se demitir, admite governar em duodécimos e pede maioria reforçada nas futuras eleições legislativas antecipadas de que o chefe de Estado tem vindo a falar.

Na votação na generalidade, que ocorreu esta quarta-feira à tarde, no plenário da Assembleia da República, o PS foi o único partido a votar a favor da proposta orçamental, que mereceu as abstenções do PAN e das duas deputadas não-inscritas, Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues. PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL votaram contra o diploma.