Orelhas pontiagudas no topo, a subir pela lateral da cabeça e fazer lembrar as figuras mitológicas etéreas nórdicas e celtas. Esta é uma das novas tendências em cirurgia estética que está a conquistar os mais jovens, na China, país em que estatisticamente este tipo de intervenções mais cresce no mundo.
Segundo avança o South China Morning Post, ter orelhas de elfo (onde se incluem as imagens das fadas) é o grande desejo da geração nascida depois de 2000. Uma cirurgia que, pelas suas características, ajuda a afinar o rosto, conferindo um rosto “mais esguio e jovem”. Xangai apresenta-se como o centro da estética e a procura por esta em particular começa a disparar.
“As redes sociais chinesas estão cheias de comentários entusiasmados” sobre os resultados desta cirurgia estética. “É mágico, eu não mexi no meu rosto, e mesmo assim todos os meus amigos me disseram que eu estava diferente no dia em que fiz a cirurgia”, lê-se num dos comentários da plataforma e citados pelo jornal chinês.
Yu Wenlin, cirurgião especializado em otoplastia (que corrige imperfeições das orelhas) em Guangzhou, revela ao jornal que tem vindo a fazer seis cirurgias de “orelha de elfo” por dia. Uma escolha que o médico contextualiza: “ter orelhas mais proeminentes faz com que pareça infantil”. Ora, Wenlin lembra que aos seis anos, a orelha de uma criança “já tem 90% do tamanho adulto”, ao contrário do rosto.
Não há bela sem senão
De acordo com o mesmo jornal, há riscos que se tornam evidentes neste tipo de intervenções, havendo risco de infeção, alergia, necrose seja por implante na parte de trás da orelha ou por injeção de ácido hialurónico.
Para medidas menos radicais, não faltam soluções de bijuteria que procuram emprestar um pouco esse imaginário sem ter de recorrer a soluções tão radicais. Da Argentina, por exemplo, há já acessórios que procuram representar, com criatividade e múltiplos materiais, este tipo de orelha mais mitológica.