
Olena tem 44 anos, é arquiteta de formação e argumentista na área da comédia. Atividades profissionais que desenvolvia antes de se tornar primeira-dama.
Já neste papel oficial, estava a desenvolver trabalho na área da nutrição nas escolas e na reformulação do atual modelo. Momentos que a mulher do presidente ucraniano partilhava com frequência na sua conta de Facebook, que agora é palco de apelos e de imagens mostrando os ataques de que a Ucrânia está a ser alvo após a invasão da Rússia.
Numa longa mensagem publicada naquela rede social, Olena Zelenska, com conta validada pela rede social, relembra o encontro de primeiras-damas que teve lugar em Kiev, em agosto do ano passado, e que punha em evidência a importância e o papel desempenhado pelo soft power.
Agora, Olena explica que escreve para responder “às primeiras-damas que têm perguntando, nestes dias, como podem ajudar a Ucrânia, que atualmente está a lutar contra uma força invasora agressiva”. A resposta, entre os 12 pedidos que deixa enumerados, também é endereçada às mães russas e é clara: “Diga a verdade ao mundo!”
Veja abaixo os pedidos que fez:
“- Fale! O que está a acontecer na Ucrânia não é uma “operação militar especial”, como diz Putin, mas uma guerra em grande escala, onde o agressor é a Federação Russa.
– Fale! As crianças ucranianas têm que viver e estudar em abrigos antiaéreos, e os hospitais têm que tratar seus pacientes em porões.
– Apesar das garantias das propaganda russa e dos porta-vozes do Kremlin, já existem dezenas de vítimas civis na Ucrânia.
– O agressor encobre, mas as perdas dos militares russos já atingiram milhares de vidas.
– Diga às mães russas que os seus filhos não estão envolvidos em exercícios militares – eles estão a morrer a tentar capturar a Ucrânia.
– Chame os russos para protestar! Eles estão aterrorizados pela liderança. Mas devem perceber que esta guerra é o começo do fim para eles também. E não se trata apenas da economia.
– A Ucrânia quer paz. Mas vai-se defender e nunca vai capitular.
– A Ucrânia não precisa ser resgatada. Precisamos de apoio do mundo para o nosso exército e os civis. Não apenas em palavras.
– Incentivar os compatriotas a ajudar as mulheres ucranianas e organizar a ajuda estatal.
– Que o mundo inteiro fique a saber – não é uma guerra “em algum ponto lá fora”. É uma guerra na Europa e nas fronteiras da União Europeia. A Ucrânia está a defender-se contra a força que amanhã pode invadir cidades e vilas pacíficas.
– Não fique quieta! Diga-lhes que Putin está a ameaçar iniciar uma guerra nuclear e, se o fizer, não haverá lugares seguros no mundo.
– Se puder fornecer ajuda humanitária, avise-nos e coordenaremos os nossos esforços”.