Os retratos de Frida Kahlo para ver no Porto a partir deste mês

A exposição ‘Frida Kahlo – As Suas Fotografias’ leva ao Centro Português de Fotografia, no Porto, a partir de 6 de julho, 241 retratos da vida pessoal da pintora mexicana, até há bem pouco tempo inéditas.

Depois da morte da pintora, em 1954, o marido, o também pintor Diego Rivera doou a casa onde o casal vivera – a Casa Azul – para a dedicar à vida e obra da pintora e que viria a dar origem àquilo que é hoje o Museu Frida Kahlo. Mas entre os artigos doados – quadros e outros objetos pertencentes à artista – Diego Rivera guardou do público o restante espólio da mulher, onde se incluíam mais de seis mil fotografias, algumas tiradas por amigos e familiares. Entre eles constavam fotógrafos de renome como Man Ray, Edward Weston e Brassaï. Durante cerca de 50 anos, essas imagens permaneceram escondidas. Mas em 2010 foram finalmente reveladas mundialmente, através desta exposição itinerante, que teve a sua primeira exibição na Cidade do México e que já passou por vários pontos do globo, incluindo Lisboa, em 2012.

As 241 fotografias retiradas daquele arquivo compostos por milhares de retratos chegam agora ao Porto, onde ficarão expostas até 4 de novembro. As fotografias apresentadas nesta exposição preservaram-se no tempo, em boa parte graças ao amor de Frida Kahlo por esta arte, cujo gosto herdou do avô e o seu pai Guillermo Kahlo, fotógrafos profissionais. Estas 241 imagens refletem a forma como a pintora cuidou, fruiu delas e as personalizou – “colorindo-as, imprimindo-lhes beijos, recortando-as ou inscrevendo-lhes pensamentos”, refere o texto de apresentação da exposição. A mostra estará organizada em seis secções que representam marcos importantes da vida e do percurso artístico de Frida Kahlo. As Origens, Casa Azul, Política, Corpo Acidentado, Amores e Fotografia são as áreas temáticas em que se divide, revelando a intimidade e os interesses da pintora ao longo da sua vida atribulada, desde a família ao fascínio por Diego Rivera, seu marido, passando por outros amores, pelos amigos e alguns inimigos, pelo seu corpo acidentado e doente e a ciência médica, pela luta política e a arte, pelos índios e o passado pré-hispânico do seu amado México, explica o mesmo texto.

Com curadoria de Pablo Ortiz Monasterio, fotógrafo mexicano, direção de Hilda Trujillo Soto, directora do Museu Frida Kahlo, e coordenação da Terra Esplêndida, a exposição pode ser visitada todos os dias, das 10h às 19h. Os bilhetes custam €8, com parte das receitas a reverter a favor da Associação Salvador, que apoia pessoas com deficiência motora.

Imagem de destaque: Pinterest

Parabéns Frida Kahlo, pela obra e pela luta pela condição feminina