Osteoporose: 20% das mulheres com fratura da anca acabam por morrer um ano depois

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) alerta que 20% das mulheres que tem osteoporose e sofre uma fratura da anca pode morrer passados doze menos após essa fratura.

Segundo refere Luís Cunha Miranda, presidente da SPR, em comunicado de imprensa, “20% das mulheres que sofrem uma fratura da anca acabam por falecer um ano após a fratura e, como tal, temos de promover a implementação de boas práticas que ajudem a melhorar a qualidade de vida dos doentes e diminuir a morbilidade e mortalidade na osteoporose”. As fraturas da anca em pessoas com osteoporose representam 10 mil fraturas anuais.

O mesmo comunicado lembra que a prevalência da osteoporose na população adulta em Portugal é de cerca de 10%, sendo mais frequente nas mulheres que nos homens, citando dados de um estudo de 2016. Já uma análise publicada em 2018 estimou uma prevalência de osteoporose de 50% na população feminina portuguesa, com mais de 65 anos, sendo que a prevalência de fraturas de fragilidade neste escalão etário se situou nos 21%.

Porque a osteoporose não pode e não deve quebrar a sua rotina

Com o apoio da Amgen e da Infraestruturas de Portugal, a Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS), a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) e a Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas uniram-se para pôr em marcha a campanha “Impeça a Osteoporose de quebrar a sua rotina”. A ação de sensibilização tem como meta educar a sociedade para a doença e para o riscos das fraturas com o lançamento da plataforma ‘Ossos Fortes’.

No comunicado, Viviana Tavares, presidente da APOROS, realça a importância da plataforma “que partilha histórias reais, informação sobre como prevenir a osteoporose, um questionário de autoavaliação sobre risco de fraturas, cuidados para evitar as quedas e as fraturas e medidas para um envelhecimento ativo”.

A osteoporose está na origem de 40 mil fraturas por ano em Portugal. Estas fraturas têm um impacto negativo na qualidade de vida dos doentes, ameaçando a sua sobrevivência. Cerca de 40 a 50% dos doentes com mais de 70 anos a precisar de assistência e apoio social, o que acarreta um maior investimento socioeconómico.

A plataforma é lançada este sábado, no site www.ossosfortes.pt, e a campanha “Impeça a osteoporose de quebrar a sua rotina” terá também neste dia, entre as 9h e as 13h, uma ação de rua pelas, entre o Mercado da Ribeira e a Estação Ferroviária do Cais do Sodré, em Lisboa.

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