Ozono responsável por mais de 3% dos internamentos por problemas cardíacos

pexels-văn-thắng-1415131
[Fotografia: Pexels/Van Thang]

De acordo com a investigação que analisou dados de 258 milhões de pessoas – cerca de 18% da população chinesa –, o grupo de cientistas analisou os internamentos em hospitais de 70 cidades na China entre 2015 e 2017 e correlacionou-os com a qualidade do ar em tempo real naqueles aglomerados populacionais.

O ozono, quando comparado com outros poluentes, foi diretamente associado a mais de 3% das hospitalizações por problemas cardíacos e enfartes, refere a investigação publicada na sexta-feira, 10 de março.

A OMS define 100 microgramas de ozono por metro cúbico de ar como o limite de perigo. Por cada aumento de 10 microgramas por metro cúbico de ar, houve um crescimento no número de admissões hospitalares por enfartes de 0,75%, e de 0,40% no caso de embolias cerebrais.

“Embora estes aumentos possam parecer modestos”, o impacto “cresceu mais de 20 vezes” quando os níveis de ozono ultrapassaram 200 microgramas, durante o verão, explicou à AFP o autor do estudo, Shaowei Wu, da Universidade de Xi’an Jiaotong.

O ozono nas camadas superiores da atmosfera é essencial para bloquear os raios ultravioleta (UV), mas a nível da superfície terrestre é um dos principais responsáveis pela poluição em muitas cidades.

Este gás emerge na atmosfera através de uma reação química, quando agentes poluidores, maioritariamente emitidos por carros e empresas, se combinam com a luz solar. Problemas de saúde causados por outro tipo de poluição, a de pequenas partículas, conhecida como PM2.5, levam a 8,8 milhões de mortes prematuras por ano.

AFP