Pais australianos que não vacinem filhos perdem 20 euros quinzenais

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A Austrália está a reforçar a sua política de sanção para os progenitores que recusem vacinar os filhos. As autoridades anunciaram a retirada de cerca de 20 euros (28 dólares australianos) em benefícios fiscais, numa base quinzenal, por cada filho que não está imunizado.

E se anteriormente a punição era anual, mantendo mais ou menos o mesmo montante global final de 465 euros, agora, a decisão de avisar quinzenalmente as famílias pretende relembrá-las constantemente de que estão em falta.

“A imunização é a maneira mais segura de proteger as crianças de doenças evitáveis”, vincou o ministro dos Serviços Sociais australianos. Citado pelo site news.au, Dan Tehan lembrou ainda que “pais que não imunizam seus filhos estão a colocá-los em risco, bem como aos filhos de outras pessoas”.

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O território, segundo dados avançados pela imprensa australiana, tem comunidades que estão subprotegidas e que constituem uma preocupação. Ao mesmo tempo, esta medida pretende reverter o movimento de objeções de consciência à imunização das crianças e que tem crescido nas últimas décadas. Se em 1999 a percentagem dos que recusavam vacinar os descendentes era de 0,23%, em 2014, a taxa tinha subido para os 1,77%.

Portugal: quatro mil por vacinar, em média, por ano

Por cá, e após o surto de sarampo de 2017 e que levou à morte de uma jovem (houve um novo em 2018 sem óbitos), estimava-se que existiam 10 a 15 mil crianças por imunizar.

De acordo com os dados avançados em janeiro do ano passado, crê-se que 95% dos pais vacinaram os descendentes, havendo, contudo, uma franja de progenitores que não o fez, temendo, entre outros argumentos, efeito secundários das vacinas. Segundo as estimativas da Direção-Geral da Saúde, ficam cerca de quatro mil crianças, em média, por ano, por vacinar. Em 2015, os valores apontavam para 4275 rapazes e raparigas.

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