Países comprometem-se a fazer mais pelos direitos das mulheres

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Mais de 170 países prometeram na quinta-feira, 1 de outubro, numa conferência virtual da ONU, fazer mais pelos direitos das mulheres, com Pequim a doar mais dez milhões de dólares [cerca de 8,5 milhões de euros] à causa e os EUA a acusarem a China de ser o maior infrator.

“Nos próximos cinco anos, a China doará 10 milhões de euros adicionais para a ONU Mulheres”, disse o Presidente chinês, Xi Jinping num vídeo pré-gravado. “A China também vai também propor a convocação de outro encontro de líderes mundiais, em 2025, sobre igualdade de género e empoderamento das mulheres”, acrescentou.

Já a secretária de Educação dos Estados Unidos, Betsy DeVos, também num vídeo pré-gravado, denunciou veementemente o tratamento dado às mulheres na Venezuela, Cuba e Irão, acusando a China de ser o “pior infrator”.

“O pior infrator (…) está na conferência que estamos a realizar hoje [quinta-feira]”, afirmou Betsy DeVos, referindo-se à China. “Desde 1995, o Partido Comunista Chinês é responsável pelo assassinato de milhões de meninas através de brutais controlos populacionais em escala industrial, infelizmente com o apoio de agências da ONU”, acusou a governante norte-americana.

“Hoje, ataca o grupo étnico dos uigures e outras minorias muçulmanas, aplicando esses mesmos controlos populacionais a essas minorias vulneráveis, sujeitando as mulheres à esterilização compulsória, aborto forçado e controlo de natalidade obrigatório”, adiantou Betsy DeVos.

A reunião virtual foi organizada paralelamente à Assembleia Geral das Nações Unidas para marcar o 25.º aniversário da Conferência Internacional de Pequim sobre a Mulher, realizada em 1995. Participaram cerca de 50 presidentes e chefes de governo.

Lusa

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