Pamela Anderson, atriz da popular série dos anos 90, Marés Vivas, e sex symbol mundial, participa esta quarta-feira, 27 de fevereiro, num debate, em Graz, na Áustria, no âmbito do Elevate Festival. O debate é promovido pelo DiEM25, movimento pan-europeu progressista que pretende concorrer às próximas eleições europeias e que foi fundado, em 2016, pelo ex-ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis.
O movimento reúne figuras de vários quadrantes – de políticos a sociólogos e filósofos, passando por ativistas de diferentes áreas – e de partidos ecologistas, liberais e da esquerda radical. O DiEM25 conta com apoio de nomes de peso como Julian Assange, Noam Chomsky, Slavoj Žižek, Naomi Klein, Susan George, Brian Eno ou o historiador e político português Rui Tavares, entre outros.
Pamela Anderson, ativista há vários anos da PETA e uma voz cada vez mais ativa na defesa de políticas progressistas e ambientalistas, foi convidada pelo movimento para participar num debate com o filósofo croata e membro do DiEM25 ,Srecko Horvat, e Daniela Platsch, candidata na Alemanha, sobre o Novo Acordo Verde que o movimento defende para a Europa.
“A nossa colaboração começou no ano passado, quando a Pamela e eu publicámos uma conversa para a revista americana Jacobin. Nela, discutimos diversos tópicos, desde alterações climatéricas aos coletes amarelos, desde [o] ativismo até às… Marés Vivas“, escreveu Srecko Horvat, no site do DiEM25, a propósito deste encontro, que serve para promover o programa de economia verde defendido pelo movimento transnacional europeu.
“Um Novo Acordo Verde parece-me uma ótima ideia, acho que uma alternativa ao que se esteja a passar neste momento é importante (…) Sei, pelo trabalho que fiz na PETA, que criámos leis para o bem-estar dos animais em áreas que nunca as tinham tido – a indústria da moda está a começar a parar de usar peles e utilizar tecidos feitos a partir de materiais reciclados. Há soluções e precisamos de novos pensadores, por isso encorajo as pessoas a pensarem e a agirem de maneira diferente”, referiu na conferência de imprensa do debate, transmitida no site da sua fundação. Na conversa com os jornalistas, Pamela Anderson disse também continuar “muito preocupada com a situação de Julian Assange” e o pedido de extradição que paira sobre o fundador da Wikileaks.
Pamela Anderson, de 51 anos, nascida no Canadá, vive atualmente em França. Recentemente condenou a política dos EUA em relação à Venezuela, apelidando-a de “golpe”, e defendeu os “coletes amarelos”. Afirmando-se pacifista e contra a violência, escreveu, no auge das manifestações destes, que a violência dos protestos e dos carros incendiados não é superior à “violência estrutural das elites francesas e globais”.
A atriz tem estado associada, ao longo dos anos, a várias organizações não-governamentais. Além da PETA, apoia a Rights 4 Girls, a Oceanic Preservation Society e associações de apoio aos refugiados, mantendo também uma fundação com o seu nome, que já foi premiada várias vezes.