Crianças em casa, muitos ecrãs – da televisão ao telemóvel e ao tablet – e pouco tempo para conseguir acomodar todas as tarefas. Esta terá sido a realidade das famílias nos vários confinamentos que atravessaram e que, esta semana, chegou ao fim para algumas crianças, sobretudo para as que frequentam até ao primeiro ciclo.
Mas apesar do regresso a uma aparente normalidade, os pais mostram preocupação relativamente aos efeitos da pandemia e das novas circunstâncias nos mais novos.
Quatro em cada cinco pais de filhos em idade escolar revelaram angústia relativamente às consequências da covid-19 no desenvolvimento de habilidades para socialização. Ou seja, dos cerca de dois mil pais norte-americanos inquiridos pelo centro de estudo OnePoll para a empresa de brinquedos educativos MindWare, 81% revelou aquela preocupação em especial correlacionando-a com o tempo de exposição aos ecrãs. Os pais esperam, também quatro em cada cinco (86%), que os filhos não percam a propensão para a criatividade devido a uma maior limitação de estímulos.
Com todo esse tempo gasto em casa durante a pandemia, 64% das mães e pais estão preocupados com o facto de que muito tempo de exposição tornará o desenvolvimento social mais difícil para os filhos a longo prazo.
A pesquisa também conclui que seis em cada dez pais (63%) procura encontrar uma atividade mentalmente estimulante para os filhos, quando todos estão em casa, tendo-o feito em média sete vezes por semana. Mais: 63% dos pais referiu ter imposto limites horários para o consumo de ecrãs para tentar debelar o excesso de procura, mas fixando uma média de quatro horas diárias.
Quase metade das crianças (47%) terá, segundo os pais que participaram no inquérito, revelado desinteresse pelas atividades preferidas, o que correlaciona com o sentimento de angústia provocado pela pandemia.
A segurança na Internet também é uma grande preocupação, com quatro em cada dez pais a reconhecerem que não sabem em concreto i que os filhos estão a fazer no dispositivo móvel.
