Parlamento português condena morte raparigas na Guatemala

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Fotografia de Oswaldo Rivas/Reuters

O parlamento português aprovou esta sexta-feira por unanimidade um voto de pesar pela morte de 22 raparigas na Guatemala, num incêndio, durante um protesto contra abusos sexuais e físicos, no Dia Internacional da Mulher.

A Assembleia da República expressou “o seu mais profundo pesar por este trágico acontecimento e presta homenagem às vítimas e às suas famílias”, exprimindo igualmente “aos movimentos feministas e às mulheres oprimidas em todo o mundo a convicção de que a coragem e determinação destas jovens” servirão de “inspiração para o aprofundamento dos direitos das mulheres”.

“A tragédia, onde mais de 38 jovens ficaram feridas com queimaduras de segundo e terceiro grau, ocorreu na sequência de um incêndio quando as jovens realizavam um protesto contra os abusos sexuais e físicos de que eram vítimas”, lê-se no voto.


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As raparigas “escolheram o Dia Internacional da Mulher para, através de um desesperado pedido de socorro, denunciarem as violências de que são vítimas no centro que acolhe entre 560 a 600 crianças e de onde no dia anterior já haviam fugido 60 menores”.

“Num país que ocupa o 3.º lugar de mortalidade materna na América Latina, em que só no primeiro semestre de 2016 se registaram 38.759 adolescentes entre os 10 e os 19 anos grávidas e onde a violência contra as mulheres e as crianças e os abusos sexuais e violações são constantes, resultando na morte de mais de 700 mulheres e jovens por ano, estas meninas ousaram quebrar o silêncio e enfrentar o medo”, lê-se no voto.