Patrícia Mamona pronta para arriscar na final de Triplo Salto

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Fotografia de Jorge Amaral/Global Imagens

Patrícia Mamona está pronta para “arriscar” na final do triplo salto dos Mundiais de atletismo, em Londres, na segunda-feira, para a qual se qualificou sem precisar do terceiro ensaio.
“Felizmente correu bem. Eu estava à espera de fazer logo no primeiro salto, visto que me estava a sentir bem. Por causa dos ventos, a minha corrida não ficou bem afinada logo ao primeiro salto mas depois no segundo salto”, comentou, no final da prova.

“Agora vamos pensar já para a final e é para arriscar”.

A ainda campeã europeia da modalidade conseguiu saltar 14,29 metros, ultrapassando os 14,20 metros necessários para assegurar a qualificação automática para a final, com a quarta melhor marca desta fase.

“Mesmo assim, ainda pensei que não tinha sido para a marca de classificação. Só quando reparei no resultado é que percebi que me tinha qualificado diretamente”, admitiu a sexta classificada nos Jogos Olímpicos Rio2016. Para Mamona, este resultado “é um descanso e o objetivo cumprido”, acrescentando: “Agora vamos pensar já para a final e é para arriscar”. A atleta revelou ter jogado “pelo seguro” nesta fase e que garantiu que tem “mais para dar”, prometendo “arriscar tudo” na final. “Agora é entrar a matar e dar tudo, já não é muito a pensar em técnica”, concluiu.

Susana Costa, precisou de saltar o terceiro ensaio para assegurar a qualificação, o que obteve com 14,35 metros, o terceiro salto desta fase, melhorando o seu novo recorde pessoal, que era de 14,09. “Estava com problemas por causa do vento: no primeiro ensaio apanhei muito vento no início da corrida, o que não tinha acontecido no aquecimento”, justificou. “Na segunda corrida empurrei mais por causa do vento que tinha apanhado, mas depois apanhei pouco vento e pensei: calma”, acrescentou.

No terceiro ensaio, recebeu a “energia positiva” da colega Patrícia Mamona, já qualificada, que veio abraçá-la e lhe segredou: “Este será o último salto da tua vida”. Sem responder, Susana Costa concentrou-se e beneficiou também da redução do vento.”Fiz a minha corrida certinha e deu tudo certo, porque eu sabia que a nível técnico estava bem. Foi acreditar!” disse.
Susana Costa revelou que estava confiante de passar à fase seguinte, “apesar de ter sido uma época um bocado atrapalhada, porque estava um bocado condicionada”. Confiante e a sentir-se bem física e mentalmente, Susana Costa tem expectativas para a final: “Acredito que posso fazer melhor”.
As duas portuguesas só foram batidas na qualificação pela cazaque Olga Rypakova (14,57) e pela venezuelana Yulimar Rojas (14,52).