Patrícia Mamona venceu na quarta-feira o triplo salto do ‘meeting’ de Dusseldorf, na Alemanha, assegurando assim o triunfo no circuito de pista coberta da IAAF (International Association of Athletics Federations), depois de já ter sido primeira no sábado, em Boston.
A saltadora portuguesa chegou aos 14,11 metros, mais um centímetro do que a sua melhor marca da época, reforçando a liderança do ‘ranking’ europeu de 2017. É também a segunda mundial do ano, atrás da venezuelana Yulimar Rojas.
Destaque ainda em Dusseldorf para a outra saltadora portuguesa, Susana Costa, que chegou aos 13,94 metros, o que lhe deu o terceiro lugar na prova, com recorde pessoal ‘indoor’ igualado. Passa a ser a quarta europeia do ano.
Yulimar Rojas, com recentes 14,79 em Madrid, era a grande favorita para o concurso, mas teve de se retirar, por lesão, sem qualquer salto válido. A venezuelana, vice-campeã olímpica, é colega de treino de Nélson Évora, no grupo do cubano Ivan Pedroso.
Esse imprevisto foi muito bem aproveitado pelas lusas, com Susana a abrir com 13,92, para mais tarde liderar com 13,94, o seu melhor de sempre.
Mamona respondeu bem, com 13,91, melhorando a seguir para os 14,11, a marca que lhe deu a vitória no concurso. Ainda veria a alemã Neele Eckhardt chegar aos 14,09 – um recorde pessoal e pela primeira vez acima dos 14 metros.
Com Mamona, Eckhart e Susana Costa no pódio, o quarto lugar foi para a experiente alemã Kristin Gerisch (vice-campeã mundial de pista coberta), com 13,88.
Entre as desilusões, além de Rojas, estiveram a ucraniana Olga Saladuha, tripla campeã da Europa, que se ficou pelos 13,87, e a polaca Anna Jagaciak, quarta no último europeu e na quarta-feira com 13,68.
Mamona reforçou fortemente a liderança no circuito da IAAF de cinco ‘meetings’ e já não perderá o primeiro lugar. Após Boston e Dusseldorf, faltam Karlsruhe (Alemanha, dia 04), Torun (Polónia, dia 10) e Birmingham (Inglaterra, dia 18), mas só a reunião polaca terá triplo feminino.
A saltadora portuguesa passou a ter 20 pontos, bem destacada da ganesa Nadia Eke e de Neele Eckhart, com sete pontos cada uma e que já só poderão chegar aos 17. Como vencedora do circuito, Mamona assegura um ‘wild card’ para o Mundial do próximo ano.