As cores quentes e secas do Alentejo são a proposta de Patrick de Pádua para a próxima primavera / verão. Inspirado no Cante Alentejano, considerado Património Imaterial da Humanidade em 2014, o jovem estilista abriu o calendário de desfiles da Moda Lisboa com peças inspiradas na roupa de rua.
A marcar o estilo alentejano esteve o casaco que abriu o desfile, inspirado no capote alentejano esta peça vestiu-se de castanho claro e perdeu a tradicional gola de pelo, a este estilo mais tradicional juntou-se um outro tipo de casaco: o perfeto, o casaco preferido dos motares, que foi revelado no fecho e gola do primeiro coordenado. De notar na primeira proposta do desfile foi também o chapéu, uma peça chave na coleção: o chapéu. Este acessório esteve presente em vários visuais, todos femininos.
Um vestido comprido e largo, mangas curtas e muitos calções de tamanho médio fazem também parte da proposta do estilista para as estações quentes de 2018. A paleta cromática foi maioritariamente em tons castanhos e verdes secos, tons que se misturaram ocasionalmente com o azul, vermelho e amarelo.
Patrick de Pádua juntou à alguns pormenores militares. As botas vingaram na passerelle no que toca à moda feminina, sendo que todas as modelos apresentaram este tipo de sapatos, uns pretos, outros em castanho claro, mas todos com atacadores. E uma das bolsas carregadas por um dos modelos apresentava o famoso padrão militar utilizado na camuflagem.
Quanto à maquilhagem e aos cabelos, o jovem estilista apostou numa tendência leve, onde a pele se quer natural, sem brilhos ou contorno. Apenas um pouco de blush nas maçãs do rosto, destacando-se os lábios pintados num tom bem vermelho. Quanto aos olhos, foi visível um pequeno traço de eyeliner preto.
Patrick de Pádua estreou-se na Moda Lisboa em 2014 e desde o ano passado que apresenta as suas coleções sazonalmente. O jovem é de origem alemã, veio para Portugal em 2000, onde terminou os estudos em moda, no MODATEX.