Pedidos de intervenção estética aumentam devido a videochamadas

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[Fotografia: iStock]

Se há algo que o isolamento social nos ensinou, foi a termos mais consciência de nós mesmas. Com o aumento do número de videochamadas, começámos a preocupar-nos mais com a nossa aparência. Afinal, na ausência do contacto físico, para muitas, há que parecer bem aos olhos do outro.

Mas, apesar de estarmos mais conscientes da nossa imagem corporal, há que ter em atenção que com ela há riscos associados que podem provocar stress e ansiedade. Antes da quarentena, a empresa digital norte-americana Highfive realizou um estudo entre os utilizadores do FaceTime, Skype e outras plataformas semelhantes, para determinar de que forma os utilizadores viam a sua aparência a nível digital.

Segundo o estudo, 39% dos entrevistados não gostavam de se ver na câmara, 48% estavam mais focados na aparência do que na própria conversa e 59% estavam muito mais focados na aparência por videochamada do que na vida real.

Para além destes números, o estudo indica ainda que 35% consideraram-se menos atraentes nas videochamadas do que na vida real.

De acordo com a revista espanhola S Moda, em Espanha, os centros médicos estéticos têm sido um refúgio mental inesperado para muitas pessoas. Segundo a publicação, vários especialistas alertaram para um maior número de pedidos de intervenção estética devido às videochamadas.

Rosa Del Río Reyes, diretora da Unidade de Dermatologia Estética do Grupo Pedro Jaén, disse ao mesmo meio que as maiores queixas que tem recebido é de “fatores negativos que decorreram durante a quarentena, como pele sem brilho, flacidez, olheiras acentuadas ou rugas de expressão”, explica a dermatologista.