Perdem-se seis horas numa semana devido a trabalho desorganizado

Estudo trabalho poupar organização semana
[Fotografia: Unsplash/Jan Baborak]

No estudo “A anatomia do trabalho”, realizado em outubro do ano passado pela Sapio Research para a plataformas online para trabalho australiana Asana, concluiu-se que, com o trabalho bem organizado, podem poupar-se em média seis horas.

O inquérito feito a 13.123 trabalhadores de todo o mundo demonstra que os franceses são os que trabalham mais horas extras, com uma média de 467 em 2020.

Uma das principais queixas dos inquiridos é o tempo que passam a tratar das caixas de correio eletrónico. Os franceses gastam cerca de 66% do seu tempo no email, mais do que outro país.

A falta de organização e a carga excessiva de trabalho também estão no topo das queixas. Segundo o estudo existe uma comunicação confusa entre os colaboradores, o que resulta em horas perdidas a refazer trabalhos. Ao todo, são cinco horas em média por semana.

Soma-se a este tempo mais três horas semanais para reuniões. De acordo com o inquérito, ao todo, são 160 horas por ano a corrigir trabalhos e a marcar presença em reuniões.

O estudo da Asana mostra ainda que só 17% dos trabalhadores de todo o mundo se sentem ouvidos no trabalho. Ou seja, a falta de interesse por parte do empregador pode gerar desinteresse e desconfiança nos trabalhadores.

De acordo com o estudo mundial, quase nove em cada dez trabalhadores está no ativo até mais tarde, à noite, comparando 455 horas em 2020 com 242 no ano anterior.

As conversas casuais foram substituídas por reuniões desnecessárias e que estão a custar 157 horas anuais. A duplicação do trabalho e de tarefas também é uma realidade notada, com perdas de tempo na ordem dos 30% nas equipas. Objetivos irrealistas e processos difusos estão levar um em cada quatro a falhar, tendencialmente, os prazos de entrega das tarefas.