Visto como uma escolha saudável, o óleo de coco chegou a ser chamado de superalimento. Parecia ser a solução para a confeção de todos os pratos saudáveis, mas afinal “é dos piores alimentos que você pode comer”, garante a professora de Harvad, Karin Michels.
Definindo a moda do óleo de coco como “veneno puro”, a especialista em epidemiologista na escola de saúde pública de Harvard, explica que este alimento é composto por mais de 80% de gordura saturada, contendo mais do dobro da quantidade de gordura presente em banha. Este elevado teor de gordura saturada é então o responsável por aumentar os níveis do chamado colesterol LDL – mau colesterol –, elevando o risco de doença cardiovascular.
As revelações surgiram durante a palestra Óleo de coco e outros erros nutricionais, na Universidade de Freiburg, onde Michels ocupa um segundo cargo académico como diretora do Instituto de Prevenção e Epidemiologia de Tumores. O discurso encontra-se disponível, na língua alemã, na plataforma de vídeos Youtube e conta já com mais de um milhão de visualizações.
Este é um tema que já havia sido discutido em junho de 2017, quando a American Heart Association (Associação Americana do Coração) atualizou as diretrizes sobre o óleo de coco também devido aos altos níveis de gorduras saturadas. Em comunicado, a Associação chegou mesmo a afirmar que, quando consumido, este ingrediente é tão prejudicial para a saúde quanto a manteiga. Por isso mesmo, foi recomendado que fosse substituindo na dieta por gorduras insaturadas, a fim de reduzir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
[Imagem de destaque: Shutterstock]
Óleo de coco: será este alimento assim tão benéfico para a nossa saúde?