Uma queixa oficial às autoridades por violação e denúncias nas redes sociais feitas por uma mulher de 32 anos, do Porto, contra o pianista de Jazz João Pedro Coelho abriu portas para um volume de denúncias contra um dos artistas que é considerado por muitos um dos mais conceituados da sua geração.
De acordo com o que tem vindo a ser divulgado, o professor em causa lecionava no Hot Clube de Portugal e as vítimas eram à data menores, com idades entre os 14 e os 18 anos. Para lá das queixas, o caso tem gerado polémica com muitas mulheres artistas a virem a terreiro denunciar o mundo artístico e a forma como este trata e vitimiza as mulheres.
A mulher do Porto que apresentou a queixa, Liliana, revelou ao site Notícias ao Minuto, que o fez depois de ter recebido uma notificação da advogada de João Pedro Coelho e na sequência de ter acuado o pianista de violação, nas redes sociais. “Apresentei queixa, fiz o depoimento total e tive muita sorte em encontrar um polícia que foi incrível comigo e que me ouviu durante horas e eu não sai de lá antes da queixa estar suficientemente detalhada”, detalhou Liliana, que revela uma agressão sexual que terá tido lugar em 2023, uma “violação” que ocorreu “sem preservativo”.
Na quinta-feira, 7 de novembro, o pianista usou a sua rede social Instagram para “reclamar total inocência”, afirmar “falsidade dos factos” e anunciar que usará “os meios legais que estão ao alcance”.
Da parte da escola onde o pianista lecionava à data dos alegados factos, o Hot Clube de Portugal revela que João Pedro Coelho “cessou funções como professor no ano letivo 2022/2023” por motivos que não o assédio, mas revelou, em comunicado, que em 2021/2022 foram afastados “dois professores” devido a “duas situações de assédio”, que, no caso, teriam ocorrido com alunas maiores de idade. Casos que levarm a escola a criar um código de conduta, um Gabinete de Apoio ao Aluno e um Canal de Denúncia.
