Polémica da ceia de Natal: como sentar um não vacinado à mesa

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[Fotografia: Nicole Michalou/Pexels]

Mais do que os presentes de última hora que ainda faltam comprar ou os doces e iguarias de Natal que ainda estão por encomendar, a questão que arrisca a andar tirar o sono até à hora da consoada é a de como resolver uma ceia em que, pelo menos, um dos convivas não está vacinado.

Independentemente da diferença de opiniões – e da polémica que tal vai gerar caso o assunto se debata à mesa – o importante é como resolver o problema para que todos fiquem em segurança.

Segundo avança o especialista em etiqueta Vasco Ribeiro e autor do livro Etiqueta Moderna ao Delas.pt, há um detalhe que tem mesmo de ser acautelado: “Na casa de um amigo, conhecido ou familiar, ainda que a pessoa não esteja vacinada, desde que tenha realizado o teste e o resultado seja negativo, idealmente deve ficar com um lugar vazio à sua frente, à sua esquerda e à direita na mesa“, afirma o especialista.

Vasco Ribeiro [Fotografia: Instagram]
O autor lembra que “num restaurante ou hotel, uma pessoa não vacinada tem o acesso negado, não podendo, por isso, entrar no local devido às restrições do governo”.

Durante o jantar, é importante estar particularmente atento aos pequenos gestos e aos brindes. “Evite os tradicionais ‘tchin-tchin’”, pede o especialista. “Não se justifica continuar a brindar à mesa, tocando com os copos uns nos outros. Opte por um brinde simbólico, elevando apenas o copo”, pede.

Etiqueta de Natal em tempo de variante mais transmissível

Este Natal vai ficar marcado por uma nova variante da covid, a Ómicron, que introduz mudanças nas regras sanitárias a adotar devido à alta transmissibilidade do vírus. Sendo que a sociedade se está a adaptar a esta realidade, o especialista de etiqueta Vasco Ribeiro deixa recomendações essenciais para que as celebrações decorram em segurança.

Logo para começar, as formas de cumprimentar portuguesas já tiveram de se adaptar, com a etiqueta e o protocolo a acomodar à nova realidade pandémica. “Quanto tiver de cumprimentar alguém, saiba que existem três formas de o fazer: acenar com a mão, através do cotovelo ou com o pé. É assim que habitualmente se faz no novo cumprimento em sociedade, em substituição do tradicional aperto de mão e da troca de beijos”, recorda Vasco Ribeiro.

Numa realidade em que a higienização constante das mãos e o uso da máscara são inquestionáveis, o especialista lembra: “ao chegar ao local de refeição, guarde a sua máscara numa bolsa apropriada, protegendo-a com segurança”. “No final da refeição, troque-a por outra nova”, vinca.

Na hora de dispor os lugares à mesa, “deixe um lugar vazio entre cada pessoa, tal permite que se cumpra o distanciamento físico entre pessoas que não coabitam”, pede o especialista. Que prossegue: “Sente-se apenas no seu lugar e permaneça nele durante toda a refeição, evite a troca de lugares à mesa durante a refeição”.

Ainda durante o repasto, os alertas são claros: “não partilhe o pão, entradas, temperos nem galheteiro, cada pessoa à mesa deve ter os seus próprios, jamais toque noutros pratos, talheres, copos e guardanapos.” “Caso lhe falte um prato, talher, copo ou guardanapo, não toque nem use os do lugar do lado, pois não lhe pertencem”, avisa Vasco Ribeiro.