Mulheres mais inseguras ou que consomem mais pornografia têm uma maior tendência para a autoconsciência do seu corpo quando estão a ter relações sexuais. Estas têm sido indicações que decorrem de estudos que perspetivam a satisfação feminina, a relação com o seu corpo e as pressões a que estão sujeitas.
Segundo a investigação publicada na revista Computers in Human Behavior, as mulheres que são mais ligadas de forma ansiosa ao seu parceiro são mais vulneráveis aos efeitos negativos que a pornografia pode ter na imagem corporal.
Estas mulheres tendem a ter uma maior preocupação com a sua aparência durante as relações sexuais, o que pode ser prejudicial e diminuir o seu prazer e satisfação sexual.
Ateret Gewirtz-Meydan levou a cabo um estudo que pretende explorar este tema e a forma como a pornografia tem impacto nesta situação. Uma das conclusões a que a pesquisadora e a sua equipa chegaram é que o uso de pornografia está associado a preocupações como o apego e a imagem corporal e propuseram que o seu uso pode mediar a ligação entre as duas variáveis. Pessoas com problemas de insegurança podem usar este género cinematográfico para reprimir preocupações como o medo da rejeição e a intimidade.
Para o seu estudo, Meydan utilizou ainda uma amostra de 1.001 mulheres israelitas que revelaram inseguranças com a imagem corporal durante o sexo. Questões relacionadas com o aspeto das coxas ou quadris foram levantadas. Estas revelaram ainda quantas vezes viram pornografia nos últimos seis meses e usaram uma escala para medir o seu nível de apego. A escala de apego ansioso analisou a necessidade de aprovação do parceiro e o medo da rejeição, já a escala de avaliava o desapego visava o medo do compromisso.
Os resultados indicaram que o uso de pornografia, os problemas ligados à ansiedade e desapego estavam relacionados com a autoconsciência da imagem corporal. Estas revelações acabam por estar ligadas a estudos anteriores que indicam que a insegurança está ligada à constante preocupação com a imagem.
No entanto, o uso da pornografia está positivamente ligado ao apego ansioso e não ligado ao desapego. O estudo sugere ainda que o uso da pornografia pode aumentar as preocupações nas mulheres que sofre com apego ansioso e assim ficarem mais conscientes do corpo durante o sexo.
A pesquisa levada a cabo por Ateret Gewirtz-Meydan em conjunto com Kimberly J. Mitchell, Zohar Spivak-Lavi e Shane W. Kraus intitula-se Inseguranças de apego e autoconsciência do corpo nas mulheres: o papel mediador do uso da pornografia.