Porque devemos usar máscaras mesmo que a vacina chegue

Woman wearing protective face mask in the office for safety and protection during COVID-19
[Fotografia: Istock]

Numa altura em que a vacina contra a gripe sazonal passa a fazer parte de uma preocupação do quotidiano e quando se fala na investigação em torno de uma outra que faça frente à Covid-19 – com tantas ainda em estudo, mas ainda em testes clínicos e sem resultados absolutamente conclusivos -, especialistas falam da necessidade de continuar a usar máscara, mesmo que haja uma vacina contra o novo Coronavírus em breve.

Na verdade, a forma mais eficaz de combater a pandemia ainda passa pelo cuidado de todos e de cada um como agentes protetores, recorrendo a equipamentos de proteção pessoal e de desinfectante. Realidades que não deverão ser alteradas nos próximos tempos mesmo que surja uma vacina que seja eficaz contra o Covid-19.

“As máscaras faciais são a ferramenta de saúde pública mais importante e poderosa que temos, e continuarei a apelar a todos os americanos, todos os indivíduos em nosso país, para adotar essas proteções faciais”, afirma Robert Redfield. A afirmação foi feita pelo diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América durante uma audiência recente no Senado norte-americano.

Esta é a única forma segura de guardar a máscara entre utilizações

Ainda que a vacina venha a existir, conheça as quatro razões pelas quais deverá continuar a proteger-se por algum tempo.

Não haverá vacina para todos numa primeira fase

Ainda que a fórmula mais ansiada no momento seja descoberta e seja eficaz, a sua proteção em massa não será possível. É provável que as primeiras doses venham a ser entregues a grupos de população de risco que necessitem delas em primeiro lugar e a profissionais de saúde que estão na linha da frente de combate à doença.

Tempo para resposta imunitária

Mas há ainda outro fator a ter em conta e que é vincado por Kawsar Talaat ao site Huff Post. Este professor assistente no Departamento de Saúde Internacional da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg lembra que quem a venha a tomar necessitará sempre de criar uma resposta imunitária, que poderá levar entre seis a oito semanas, obrigando, claro, ao uso de máscaras.

A eficácia da própria vacina

Além do mais, este especialista lembra que, tal como a vacina contra a gripe, esta solução pode não ser 100% eficaz o combate à doença, pelo que todas as medidas adicionais de prevenção devem ter lugar.

Os receios da vacina

Nem todas as pessoas se sentirão confiantes numa vacina assim que la chegar. Todo esse grupo de indivíduos deverá sempre recorrer à fórmula mais eficaz que se conhece até hoje: as máscaras. “Acho que vai demorar muito tempo até que as pessoas aceitem uma vacina [contra a Covid-19]. Elas precisarão de constatar que não existirão muitos efeitos adversos nas que a tomem antes de estarem dispostos a confiar nela”, referiu ao mesmo site Kawsar Talaat.

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